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Economia

Foto: Elmiro de Deus

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Aparecida do Rio Negro, a 70 quilômetros de Palmas, deve se transformar em curto espaço de tempo num dos mais importantes pólos sucroalcooleiros do Estado. É o que prevêem os diretores dos grupos Maity Bioenergia S/A e Byone Etanol, ao anunciarem a instalação do Projeto Altivas Aparecida do Rio Negro, destinado à produção de álcool, açúcar e energia e que projeta investimento de mais de R$ 100 milhões, com capacidade de beneficiar 2,5 milhões de toneladas de cana por ano e a produção de 200 milhões de litros de álcool. O anúncio do empreendimento foi feito na quarta-feira, 18, durante encontro dos investidores com o secretário da Indústria e Comércio, Eudoro Pedroza, para apresentação do projeto, que está na fase de licenciamento ambiental, e que será lançado oficialmente ainda este ano. O projeto, num primeiro momento, vai produzir álcool e energia elétrica, e num segundo momento álcool, açúcar e energia elétrica.

O diretor da Maity, Antonio Celso Izar, explica que o projeto vem sendo desenvolvido há dois anos, mas que o grupo estuda a cultura da cana no Tocantins desde 2001, tendo identificado a região de Aparecida do Rio Negro como uma das melhores terras para o cultivo. “O Tocantins tem um grande potencial para esse negócio, tanto pela qualidade de suas terras como pela logística favorável”, comenta o empresário, que ressalta ainda o apoio do governo como um atrativo fundamental.

O diretor-presidente do Conselho da Byone Etanol, Jean Carlos Melo, ressalta que a região de Aparecida do Rio Negro tem uma característica que poucas regiões do país têm: uma grande quantidade de terras de qualidade num pequeno raio de 30 quilômetros. Melo destaca também como vantagem a proximidade da Capital e da Ferrovia Norte-Sul. “A Ferrovia Norte-Sul a gente já vê como uma realidade. É um novo corredor logístico do Brasil que favorece muito a produção do etanol”, garante.

Sintonizados com as exigências do mercado, os empresários avaliam que o projeto Altivas Aparecida do Rio Negro apresenta um conceito inovador que concilia cultura da cana com produção de alimentos. Antonio Celso defende a tese de que num grande projeto agrícola a cana não deve ocupar mais de 40% da área plantada. “A cana não exclui ninguém, pelo contrário, integra. Quem trabalha com cana precisa de carne, de alimentos, de roupa, então o grande mérito da cana é integrar as culturas, melhorar a rentabilidade dos negócios agrícolas e gerar emprego e renda”, sustenta o empresário. Ele explica que todo o projeto é automatizado, com o plantio e colheita mecanizados. O empreendimento vai gerar 1.200 empregos diretos e envolver cerca de quatro mil famílias no cultivo.

O secretário Eudoro Pedroza elogiou o trabalho de planejamento dos empresários e, sobretudo, a qualidade do projeto que, na opinião dele, reflete bem a preocupação com o desenvolvimento sustentado defendida pelo Governo. “É muito importante conhecermos todos os detalhes de um grande empreendimento como este, só assim poderemos acionar todas as áreas do governo para que se preparem para atender as demandas que virão”, declarou o secretário.

Eudoro Pedroza solicitou aos empresários que apresentem o cronograma de implantação do projeto para que todas as providências sejam tomadas. Outra preocupação manifestada pelo secretário foi quanto à preparação da comunidade local, para que possa aproveitar da melhor forma os benefícios que o projeto certamente trará para a região. O prefeito de Aparecida do Rio Negro, Suzano Lino Marques, que acompanhou o encontro, adiantou que está desenvolvendo uma séria de ações para preparar o município para receber esse grande empreendimento.

Projeto

O projeto está sendo instalado a 10 quilômetros de Aparecida e ocupa uma área total de 300 mil hectares, num raio de 30 quilômetros, abrangendo os municípios de Aparecida do Rio Negro, Santa Tereza, Novo Acordo e Palmas (Distrito de Buritirana). Do total da área, cerca de 150 mil hectares serão destinados ao cultivo de cana-de-açúcar e cereais numa integração de culturas que concilia a produção de etanol com alimentos, além da pecuária.

Os empresários anunciam que pelo menos duas culturas, amendoim e soja, são recomendas para consorciação com a cana. Antonio Celso aposta, inclusive, na instalação de uma produtora de óleo de soja como forma de aproveitamento do excedente da produção. O diretor explica que a produção própria de cana não deve ultrapassar a metade da demanda da usina, a outra parte será cultivada por produtores locais interessados em participar do projeto.

Fonte: Secom

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