O satélite Amazônia-1, com lançamento previsto para 2010, será o primeiro satélite de recursos terrestres totalmente desenvolvido pelo Brasil e será construído com base na Plataforma Multimissão-PMM, de médio porte, também desenvolvida pelo INPE e por indústrias brasileiras.
Câmera para o satélite
O Amazônia-1 levará a bordo duas câmeras. A primeira é nacional, com resolução espacial de 40 m e capacidade de imageamento de uma faixa de 780 km.
Já a câmera RALCam-3, fabricada na Inglaterra, produzirá imagens com resolução da superfície terrestre de cerca de 12 metros e com 110km de campo de visada. A tecnologia empregada nesta câmera é inédita em satélites brasileiros e permitirá a geração de imagens com maior definição, aptas, por exemplo, a monitorar o meio ambiente e prover a gestão de recursos naturais.
Imagens de satélite gratuitas
Associado aos satélites da série CBERS (China Brazil Earth Resources Satellite), o Amazônia-1 produzirá imagens com maior freqüência e maior definição, adequadas para monitorar o ambiente e gerenciar recursos naturais.
Tais imagens poderão ser utilizadas em todo o mundo, pois o Brasil, através do INPE, adota a política de dados livres, considerados bens públicos e disponibilizados gratuitamente pela Internet.
Plataforma Multimissão
O satélite Amazônia-1 é baseado na Plataforma Multimissão (PMM), desenvolvida pelo INPE. A PMM é plataforma genérica para satélites na classe de 500 kg. Com massa de 250 kg, ela provê os recursos necessários, em termos de potência, controle, comunicação e outros, para operar, em órbita, uma carga útil de até 280 kg.
A configuração atual do Amazônia-1 prevê a câmera Advanced Wide Field Imager (AWFI), a ser desenvolvida pela indústria brasileira. Considerando a capacidade da PMM, há margem técnica para incluir outro instrumento que complemente a missão e represente um avanço em termos tecnológicos e de aplicações. A câmera britânica RALCam-3 tem as características ideais para isso.