Três senadores que têm parentes próximos concorrendo a cargos eletivos em outubro lideram o ranking de gastos com transporte e estadia da Casa, de acordo com levantamento publicado pela organização não-governamental (ONG) Transparência Brasil.
Enquanto a média de gastos dos senadores é de R$ 39 mil em oito meses (fevereiro a setembro), o senador Romeu Tuma (PTB-SP), pai do candidato a vereador em São Paulo pelo PTB Robson Tuma, gastou R$ 105 mil. O senador Mão Santa (PMDB-PI), marido da candidata à Prefeitura de Parnaíba (PI), Adalgisa de Moraes Sousa (PMDB), utilizou R$ 104 mil e, Jayme Campos (DEM-MT), irmão do candidato a prefeito de Várzea Grande, Júlio Campos (DEM), apresentou despesas de R$ 94 mil.
O gasto é referente à chamada verba indenizatória - a despesa é paga com dinheiro do parlamentar, que é ressarcido posteriormente. Desde fevereiro, os 75 senadores que utilizaram o recurso embolsaram, no total, R$ 3,1 milhões.
A assessoria de imprensa do senador Romeu Tuma justificou à Agência Estado que o gasto está dentro do previsto pelo governo (R$ 15 mil por mês) e que foi utilizado pelo senador no exercício da função. A assessoria argumentou que Tuma faz diversas viagens a trabalho, citando que uma vez ao ano tem de ir ao exterior participar de um encontro da Organização das Nações Unidas (ONU).
A assessoria de Jayme Campos também ressaltou que a verba gasta está dentro do previsto e, portanto, "não há nada de anormal". Justificou que o tamanho de Mato Grosso obriga o senador a se deslocar em grandes distâncias entre as cidades. Além disso, a assessoria destacou que o senador faz suas viagens em avião próprio e usa a verba pública apenas para o combustível. "O senador sempre gasta mais do que lhe é ressarcido", afirmou a assessoria.
A assessoria de Mão Santa alegou que o senador não poderia falar por estar em Parnaíba (PI) participando da campanha política da mulher para a prefeitura da cidade.
Fonte: Agência Estado