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Opinião

É preocupante a quantidade de empréstimos que o governo do estado vem contraindo junto a instituições financeiras internacionais, posto que o Tocantins, com apenas 20 anos de existência, embora tenha tido um nascimento com algumas complicações, durante toda sua infância e adolescência o estado foi conduzido em bases sólidas, vislumbrando horizontes que o tornaria a décima economia do país em 2020.

Em 2006, as vésperas das eleições, o governo do estado tomou emprestado US$ 106,2 milhões, do Banco Italiano Mediocrédito Centrale (MCC). À época, inclusive, a imprensa tocantinense especulou que parte do dinheiro seria utilizado para despesas de campanha, já que financiamento do MCC não exige qualquer controle ou acompanhamento de sua aplicação, nem mesmo concorrência pública.

Não bastasse isso, recentemente o governo do estado contratou mais de US$ 175 milhões, da mesma instituição financeira, sob o talante da Rivoli.

Devido aos sucessivos empréstimos, já foi consignado ao governador do Tocantins que o carro-chefe de sua “administração” é contrair dívidas internacionais. Tanto é verdade que a mídia local estampou em manchetes nesta semana, que os secretários da Infra-Estrutura, Brito Miranda, e da Fazenda, Dorival Roriz, estão nos Estados Unidos, em busca de mais um empréstimo, e pasmem, no valor de 300 milhões de dólares. Ufa! é dinheiro para não acabar mais.

Aparentemente o problema crônico pelo qual o Tocantins vem passando, será debelado com o dinheiro proveniente de empréstimos, ledo engano, não alivia nada. O pior virá depois, a começar dentro de poucos anos, com crescente agravamento em decorrência da falta de compromisso e honestidade dos pseudos governantes destes tempos difíceis para o povo, até porque, o dinheiro chega e as obras não aparecem, a não ser as conhecidas “pontes sonrisal", sem guarnições laterais de proteção.

 

José Augusto Pereira de Souza - Analista

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