Para sensibilizar e informar a população sobre os sinais e sintomas da hanseníase, a Secretaria Municipal de Saúde (Semus) inova e, durante a Semana de Combate a Hanseníase, apresenta peças teatrais em feiras e escolas, de 27 a 31 em diversas quadras de Palmas.
A estratégia, segundo o Secretário Municipal de Saúde, Samuel Braga Bonilha, visa melhorar o conhecimento da população sobre os sinais precoce da doença, para identificar novos casos e favorecer a redução da doença: " para eliminarmos de vez a Hanseníase em Palmas, que é considerado um município hiperendêmico, é necessário identificarmos os pacientes e tratá-los pois a hanseníase tem cura e oferecemos tratamento gratuito e especializado em todas as nossas unidades de saúde da Capital" - explica o secretário, acrescentando que "o paciente com hanseníase pode e deve levar uma vida completamente normal pois, a partir do momento que inicia o tratamento, o paciente deixa de transmitir a doença" - assegura Bonilha.
Estatísticas
Em Palmas, no ano de 2007 foram registrados 197 casos novos de hanseníase e em 2008, 208 novos casos da doença. De acordo com Elzirene Souza Dias Rocha, responsável Técnica pela Hanseníase, esse aumento se deve, principalmente, à capacitação de técnicos de saúde que foram habilitados para identificar de forma mais rápida, a presença da doença: "o homem é considerado a única fonte de infecção da hanseníase, se identificamos esse portador, iniciamos o tratamento imediatamente, impedindo o contágio de outras pessoas" - enfatiza a especialista, acrescentando que nas policlínicas distribuídas nas regiões Norte, Sul e Central há profissionais fisioterapeutas qualificados para atender os pacientes de hanseníase que apresentarem necessidades desta terapia.
Apresentações Teatrais
Dia 29, no CAPS (14h e Feira da 1106 Sul(18:30); dia 30, Escola Maria Júlia (16h) e Feira da 304 Sul (18:30h); e no dia 31, Feira da 307 Norte (18:30h) e Feira do Aureny I (20h).
Hanseníase, o que é?
A hanseníase é uma doença infecciosa, de evolução crônica (muito longa) causada pelo bacilo de Hansen, microorganismo que acomete principalmente a pele e os nervos das extremidades do corpo. A doença tem um passado triste, de discriminação e isolamento dos doentes, que hoje já não existe e nem é necessário, pois pode ser tratada e curada. Na primeira dose do tratamento, 99% dos bacilos são eliminados e não há mais chances de contaminação.
Transmissão
A transmissão se dá de indivíduo para indivíduo, por germes eliminados por gotículas da fala e que são inalados por outras pessoas penetrando o organismo pela mucosa do nariz. Outra possibilidade é o contato direto com a pele através de feridas de doentes. No entanto, é necessário um contato íntimo e prolongado para a contaminação, como a convivência de familiares na mesma residência. Daí a importância do exame dos familiares do doente de hanseníase.
Resistência
A maioria da população adulta é resistente à hanseníase, mas as crianças são mais suscetíveis, geralmente adquirem a doença quando há um paciente contaminante na família. O período de incubação varia de 2 a 7 anos e entre os fatores predisponentes estão o baixo nível sócio-econômico, a desnutrição e a superpopulação doméstica, fatores que favorecem a doença nos países subdesenvolvidos.
Manifestações
A hanseníase é identificada através de manchas esbranquiçadas, acastanhadas ou avermelhadas, com alterações de sensibilidade, diminuição ou queda de pelo, além de ausência de sudorese no local infectado.O teste de Mitsuda avalia a resistência do indivíduo ao bacilo de Hansen. Um resultado positivo significa boa defesa, um resultado negativo, ausência de defesa e um resultado duvidoso, defesa intermediária.
Fonte: Assessoria de Imprensa Semus