O Programa de Monitoramento Sismológico da Usina Hidrelétrica Estreito (UHE Estreito), que estuda as atividades sísmicas na área de abrangência do empreendimento, instalará em breve a segunda estação sismológica no município de Carolina (MA).
Para a execução do programa, antes e após o enchimento do reservatório da UHE Estreito, o Consórcio Estreito Energia (Ceste) já adquiriu os novos kits sismográficos, utilizados para detectar e medir ondas sísmicas. Cada kit é composto por um sensor, que capta os sinais de vibrações do solo, um digitalizador e uma antena de GPS.
De alta tecnologia, os aparelhos são utilizados para identificar se tem alguma atividade sísmica natural, bem como detectar e medir a sismicidade induzida. Os dados coletados são transmitidos, em tempo real, para o Observatório Sismológico da Universidade de Brasília (UNB), responsável pelo monitoramento sismológico.
De acordo com o técnico em sismologia da UNB, Juraci Carvalho, a primeira estação sismológica da UHE Estreito, instalada no município de Palmeiras do Tocantins, em junho de 2008, não detectou atividade sísmica natural próxima a área do futuro reservatório. “A região compreendida pela UHE Estreito não apresenta significante sismicidade. Com esses dados será possível fazer uma análise comparativa com as informações a serem coletadas após o enchimento do lago”, disse.
O especialista da UNB ressaltou ainda que duas estações sismológicas, instaladas em pontos estratégicos, são suficientes para fazer o controle das atividades sísmicas ao longo da área do futuro reservatório do empreendimento, no entanto, se houver alguma atividade de sismos induzidos será necessário o adensamento da rede para possibilitar um melhor estudo.
O gerente de Meio Ambiente do Ceste, Marcos Duarte, explica que o monitoramento sismológico é importante não só para esclarecer a comunidade dos municípios abrangidos pelo empreendimento, como também servirá de base para as pesquisas acadêmicas. “As informações levantadas por este programa ambiental serão destinadas para o banco de dados dos órgãos ambientais, universidades e demais instituições de pesquisas, uma vez que o monitoramento está ligado à rede nacional sismográfica”, enfatiza.
Fonte: Assessoria de imprensa CESTE/UHE Estreito