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Foto: Divulgação

Um barco-laboratório, que recebeu o nome de “Esperança”, foi inaugurado pelo Consórcio Estreito Energia (Ceste) para atender o Programa de Conservação da Ictiofauna (estudo de peixes), um dos 39 programas ambientais da Usina Hidrelétrica Estreito. O barco irá realizar o monitoramento de 300 km do rio Tocantins antes, durante e depois da formação do futuro reservatório da UHE Estreito, além de identificar as rotas migratórias dos peixes.

A estrutura do barco possui oito camarotes com beliches, laboratório, cozinha e entradas laterais e será utilizada por uma equipe de biólogos, coordenada pelo professor do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Gustavo Nunan, que terá ainda a parceria da Universidade Estadual de Feira de Santana (BA). “Desconheço que em outros empreendimentos dessa natureza tenha havido um trabalho que recebeu apoio como este. O Ibama faz exigências, mas se não houver os instrumentos necessários torna-se difícil o seu cumprimento. Por isso, sem querer exagerar, digo que estamos fazendo história”, certifica Gustavo Nunan.

Além dos biólogos, pesquisadores e alunos da UFRJ, há ainda a possibilidade de parceria de pescadores locais para auxiliar na pesquisa. “Esses homens serão muito importantes para o trabalho que vamos realizar, pelo fato de conhecerem bem o rio Tocantins”, continua Gustavo Nunan, acrescentando que sua equipe já enumerou 11 pontos considerados estratégicos para a pesquisa. "Cada incursão dos biólogos pelo rio deverá durar cerca de 15 dias. E, por ser um trabalho de médio e longo prazo, a estimativa é de que iremos concluir o monitoramento da Ictiofauna em três ou quatro anos", explica Gustavo Nunan.

Secretários municipais das prefeituras de Carolina (MA) e Filadélfia (TO), o vice-presidente da Câmara de Vereadores de Carolina, Reginaldo Dias, e representantes de colônias de pescadores, membros dos Comitês de Co-gestão dos municípios de Carolina e Filadélfia, estiveram presentes na solenidade de inauguração do "Esperança", que contou ainda com a presença do empresário de Carolina, Pedro Iran, proprietário do Estaleiro Pipes, responsável pela construção do barco-laboratório.

Para todos eles, o trabalho a ser feito pelos pesquisadores tem importância única. "A partir do instante que a comunidade científica começa a elaborar um trabalho desse porte, a gente vê que há um compromisso de responsabilidade com a permanência dos peixes do rio Tocantins. Ao mesmo tempo, nos assegura que essa população de peixes permanecerá", disse o vice-presidente da Câmara de Vereadores de Carolina, Reginaldo Dias.

O gerente de Planejamento e Controle Estratégico do Ceste, Marcos Duarte, comenta que muito mais que uma obrigação do empreendimento com o Ibama, o "Esperança" vai promover um valor científico imensurável e será também um importante instrumento de ação social do Consórcio. "Temos a intenção de também usar o barco para realizar atendimentos - de saúde e educação - às comunidades ribeirinhas", adiantou.

Para o gerente de Meio Ambiente do Ceste, Luciano Madeira, as expectativas em relação ao barco "Esperança" são as melhores possíveis. "É uma satisfação enorme saber que o barco, pioneiro nesta região, muito mais que atender a uma obrigação vai promover conhecimento e cidadania", finaliza.

Fonte: Assessoria de Imprensa UHE Estreito