O pastor evangélico V.R., de 62 anos de idade, foi preso na noite da última sexta-feira, no Jardim Esplanada, em Rondonópolis, região sudeste do Estado do Mato Grosso, após ser acusado de molestar sexualmente a menina I.V. de A., de dois anos de idade, na Vila Operária. De acordo com declarações dos pais da criança, constantes do Boletim de Ocorrência registrado pela polícia, o pastor é freguês há cerca de 40 dias da pastelaria onde a criança reside.
Segundo o depoimento do pai da menina, o pastor chegou na pastelaria como faz habitualmente e após consumir alguns pastéis, começou a brincar com a criança dizendo: “Que menina bonitinha, como é o nome dela? Quantos anos ela tem? Eu tenho um monte de netinhos. Eu gosto muito de criança”.
Depois, já na calçada do estabelecimento, ele passou a mão nos cabelos da menina e perguntou: “Você não quer ir até a casa do tio? Lá tem um monte de netinhas. Tem galinha, tem cachorro…”, e pediu para o pai da menina: “Deixa ela ir lá em casa comigo dois minutinhos, eu já trago”…
O pai consultou a esposa sobre o que ela achava a respeito de permitir a filha ir até a casa do pastor. A mãe consentiu, mas disse que era para não demorar. Passados uns 20 minutos, a mãe disse que já ficou preocupada com a demora.
Segundo informações do Movimento MT Contra á Pedofilia, ao entregá-la ao pai, a menina estava meio arredia. Depois, quando o pastor saía da casa, a criança apontou o dedinho para a direção do homem e disse: ‘ele mexeu na minha rereca (sic)".
Segundo declarações da criança, o pastor a teria levado para um quarto, tirou a sua calcinha e passou a fazer sexo oral. Os pais verificaram o órgão genital da criança e perceberam um vermelhidão no local.
Orientado por um familiar, os pais acionaram a polícia que se dirigiu até a casa do pastor e o conduziu ao Centro Integrado de Segurança e Cidadania (Cisc), onde foi entregue à autoridade policial.
A delegada de Defesa da Mulher, Juliana Carla Buzetti, que estava no plantão, ouviu os depoimentos dos pais da criança e da menina, que descreveu toda a cena vivida. Ao ser ouvido em depoimento, o pastor negou as acusações, dizendo que não ficara com a criança mais que cinco minutos e nem entrou na residência, porque segundo ele, duas pessoas teriam chegado em sua casa para que ele orasse por elas.
A delegada solicitou exames na criança e foi constatado “equimoses de coloração avermelhada na região vulvar”, correspondente ao tipo de violência praticada: sexo oral. Diante das provas levantadas, do depoimento da criança e de seus pais, a delegada autuou em flagrante o pastor por crime de estupro de vulnerável. O acusado foi encaminhado à Cadeia Pública.
Fonte: Assessoria de Imprensa Movimento MT Contra á Pedofilia