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A principal expectativa de hoje quanto a novas hidrovias está no rio Tocantins, que servirá ao escoamento da produção siderúrgica que a Vale construirá em Marabá, no Pará. O projeto tem custo de R$ 6 bilhões e foi pleiteado pelo governo paraense, com endosso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

No fim do ano passado, o Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (DNIT) promoveu audiências para obter as licenças ambientais do projeto de derrocamento do pedral do Lourenço, no rio Tocantins.

Com as eclusas de Tucuruí, que deverão ser tocadas no próximo ano, as obras vão permitir a navegação em aproximadamente 500 quilômetros do Tocantins. Em dezembro, foi realizada a licitação para construção das eclusas de Estreito, de R$ 800 milhões, que tornarão navegáveis os primeiros 445 quilômetros do rio Tocantins, desde sua foz até o município de Marabá.

A construção da eclusa de Estreito permitirá a navegação na hidrovia até Palmas, capital do Estado de Tocantins, totalizando 780 quilômetros de vias navegáveis. A Vale, que já começou as obras na região, conta com isso para que a sua siderúrgica seja lucrativa, principalmente na exportação de aço.

Flávio Acatauassu, coordenador de manutenção e operação de hidrovias do DNIT, explica que o rio Tocantins tem muitas pedras e seu volume de água provém majoritariamente de chuvas. Ele explica que a derrocagem e a sua boa conservação serão necessárias para não interromper o escoamento de produção para exportação em períodos de seca, quando o volume de água do rio diminui.

Fonte: Valor Econômico