O Tocantins vai enviar um pelotão de 35 soldados para compor a tropa do Exército que forma a força de paz no Haiti, país que vive sérios conflitos políticos e recentemente foi devastado por terremotos. O efetivo do Estado, que integra o 22° Batalhão de Infantaria do Exército, já foi selecionado e vai passar por uma série de treinamentos, primeiramente no próprio batalhão e posteriormente no Centro de Instrução de Força de Paz, em Brasília, devendo seguir em missão em julho, para atuar por seis meses no Haiti.
Os detalhes do envio do pelotão tocantinense foram conversados na manhã desta quinta-feira, 28, no Palácio Araguaia, durante audiência entre o governador Carlos Henrique Gaguim; o comandante militar do Planalto, general Luiz Astolfo Sodré; o comandante da 3ª Brigada de Infantaria Motorizada, general Carlos Alberto e o comandante do 22° Batalhão de Infantaria, coronel Martin.
Segundo o governador, “O Estado se sente honrado em compor a missão do Exército, que é uma referência em termos de administração e de segurança nacional. Vamos ajudar uma pátria amiga, que passa por um momento de aflição, levando o conhecimento e a tecnologia que se tem na qualificação desses homens”, avaliou Carlos Gaguim.
Sobre a seleção dos soldados que formam o pelotão, o comandante do 22° Batalhão de Infantaria destacou que o principal critério avaliado foi o “caráter” e a “moral” dos soldados, considerando aspectos como voluntariado, disciplina e capacidade funcional. “Tem que ser um ser humano capaz de suportar as pressões da missão militar e as próprias pressões humanas, pois a gente sabe que não é fácil participar de uma missão humanitária”, avaliou coronel Martin.
Para o próprio Tocantins, sobra o saldo, após o retorno do pelotão, de contar com homens preparados para missões internacionais – em termos psicológicos, de conhecimento de língua, entre outros - e capazes de fazer frente a calamidades no próprio Estado, também segundo avaliou o coronel Martin. De acordo com o comandante da 3ª Brigada de Infantaria Motorizada, general Carlos Alberto, o treinamento dos soldados se dará em situações muito similares às reais.
Da região que forma o Comando Militar do Planalto, compreendida por Brasília, Goiás, Tocantins e triângulo mineiro, deve partir para o Haiti um efetivo entre 240 e 300 homens.
Fonte: Secom