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Foto: Divulgação

Atendendo a um dos programas ambientais do Consórcio Estreito Energia (Ceste), o de Conservação da Ictiofauna (peixes), foi realizado com sucesso o trabalho de resgate da fauna aquática entre as ensecadeiras de jusante e montante da UHE Estreito, onde já foi iniciado o trabalho de construção da barragem. Ao todo foram mais de 22 mil exemplares de mais de 100 espécies resgatados.

O trabalho é necessário, pois com o fechamento das ensecadeiras, procedimento necessário para o desvio do rio, um lago foi formado, sendo preciso ser feita a drenagem de toda a água ali acumulada. Durante quatro meses, paralelamente ao esgotamento do recinto, foi realizado monitoramento constante, com análises de qualidade da água (PH, dureza, temperatura, oxigênio dissolvido), sondagens de profundidade da água e lama, originando dados que possibilitaram a antecipação dos acontecimentos e permitiram que medidas mitigadoras fossem tomadas a tempo, sem prejuízos para o manejo dos peixes confinados.

O resultado foi taxa quase zero de mortandade, como relata o gerente de Meio Ambiente do Consórcio Estreito Energia (Ceste), Sergio Larizzatti. “Temos que destacar o empenho do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro, contratado para execução desse trabalho, juntamente com uma equipe de apoio da região e técnicos do Ceste. O trabalho foi impecável, garantindo a sobrevivência de praticamente todos os peixes”, declarou.

Durante o período que antecedeu o início dos trabalhos, uma equipe de nove pessoas recebeu capacitação para fazer o resgate. “Contamos com uma boa estrutura e também com o esforço individual que foi o diferencial para o sucesso desse trabalho”, disse o coordenador do programa de Conservação da Ictiofauna, do Museu Nacional, Décio Ferreira.

Décio conta ainda que já foi iniciado o estudo de rotas migratórias, tendo sido os peixes migratórios marcados e devolvidos à montante do barramento. Na marcação está inserido o número que os pescadores locais poderão entrar em contato para devolver as tarjas de identificação. “Essa identificação nos ajudará a fazer monitoramento das rotas e dos peixes migratórios, após formado o lago da UHE Estreito”, finalizou.

Fonte: Assessoria de Imprensa UHE Estreito