Após a decisão do Supremo Tribunal Federal, na tarde desta quinta-feira, 10, de dar um prazo de 12 meses para que o governo do Estado resolva a questão dos servidores comissionados, o clima na tenda armada em frente ao Sindicato dos Servidores Públicos do Estado era de alívio pela situação resolvida.
Antes do julgamento, entretanto, o ambiente estava tomado por uma grande expectativa por parte de servidores e representantes sindicais. O presidente do Sisepe, Cleiton Pinheiro afirmou ao Conexão Tocantins que a expectativa era a de que os demais ministros seguissem o voto da ministra Cármen Lúcia de dar um prazo para o governo sanar a questão. “A expectativa é que seja julgado”, informou.
A servidora da educação, Wilma Kelle Martins destacou que o mais importante neste momento do processo é a definição do embate entre PSDB e governo. “Agora, pelo menos, vai ter algo definido”, ressaltou. Sobre os 12 meses de prazo para se adequar e procurar outro emprego, a funcionária afirmou sucintamente que “acho que o prazo é razoável”.
Outra funcionária da educação presente no local era Patrícia Cortêz, que afirmou preferir o prazo sugerido na primeira parte do julgamento na tarde de ontem pela relatora do processo, que era de 18 meses, seis a mais do que os definidos ao final do julgamento. Um outro fator levantado por Patrícia foi a questão do concurso público do Quadro Geral do Estado que está tramitando pela justiça. “Como eles podem falar em ter outro concurso, se o anterior ainda nem foi resolvido?”questionou.
Concurso do Quadro Geral
O concurso foi uma preocupação também do presidente do Sisepe. De acordo com Pinheiro, o passo agora é pressionar para que o certame, que está em julgamento no Tribunal de Justiça, seja julgado o mais rápido possível. “Eu vejo que devemos fazer um apelo ao judiciário para dar agilidade no processo”, completou.
Quando questionado sobre o prazo dado ao governo, o presidente do sindicato dos servidores afirmou que acredita que os 12 meses sejam tempo suficiente para que “o governo consiga se organizar e resolver a questão do servidor”.
Preocupação com servidores não aprovados
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde, Neirton José Almeida, se mostrou preocupado com os servidores que não foram aprovados no concurso da saúde. De acordo com o presidente do Sintras, “é importante que um enfermeiro, por exemplo, tenha experiência antes de entrar numa sala de cirurgia”.
Segundo Almeida, existem funcionários que estão exercendo seus cargos há mais de 20 anos. O presidente do sindicato da saúde afirmou que a entidade irá trabalhar junto ao governo para que estes servidores não sejam prejudicados ao final do prazo estipulado pelo STF.