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Foto: Philipe Bastos

Foto: Philipe Bastos

O advogado e candidato a suplente de senador pela coligação “Tocantins Levado a Sério”, João Costa Ribeiro (PSDB), cedeu entrevista coletiva na tarde desta quarta-feira, 14, na qual afirmou que acusação de tentativa de suprimir parte do processo de impugnação da candidatura de Carlos Gaguim, não passou de mal entendido.

Em sua entrevista, o advogado lembrou que foi ele quem entrou com ação que cassou o mandato de Marcelo Miranda, então governador pelo PMDB, e com a que tenta impugnar a candidatura de Carlos Gaguim ao Araguaia este ano. “No passado, foi pela força da minha caneta que Marcelo Miranda foi cassado, foi pela força da minha caneta que ele será impedido de se candidatar ao senado”, informou.

De acordo com João Costa Ribeiro, o “mal entendido” foi causado para que ele fosse impedido de dar seguimento à ação que pode retirar a candidatura governista à reeleição. No entanto, o advogado ressaltou que, no momento em que o processo se encontra, não depende mais dele que a ação tenha continuidade. “O impedimento dos candidatos não depende mais da minha petição. Eu posso pegar a minha petição, retirá-la que não surtirá maiores efeitos”, completou.

A sua versão dos fatos

O advogado informou que, o que de fato aconteceu, foi uma tentativa, por parte dos adversários, de desqualificar sua postura enquanto advogado e candidato nestas eleições. “Não adianta partir para golpe baixo ou amedrontar por que sou homem acostumado ao combate”, afirmou, completando que este seria combate nos plenários.

Ele destacou ainda que havia ido ao TRE para fazer uma consulta ao processo que havia movido contra a coligação “Força do Povo” quando uma senhora, que seria a funcionária do tribunal, caiu próximo ao local onde estava. “De repente alguém começa a falar que eu tinha tirado uma folha do processo. Não é verdade”, informou.

Terceiro mandato e outras acusações

A ação que o advogado protocolou junto ao TRE, diz respeito à candidatura de Gaguim a um possível terceiro mandato, o que não é permitido pela atual legislação Brasileira. De acordo com Ribeiro, pelo fato de o então presidente da Assembleia Legislativa ter assumido o cargo de governador interino, e posteriormente ter sido eleito governador em eleição indireta, já caracterizariam dois mandatos cumpridos por Carlos Gaguim.

Outro ponto que o advogado levantou foi que o governador estaria sofrendo um processo junto ao Superior Tribunal de Justiça. De acordo com Ribeiro, a ação de npumero 621 no STJ se refere a “uma denúncia do atual governador como receptador doloso de um veículo possivelmente roubado no Paraguai”.

No ato do registro de sua candidatura, segundo João Costa Ribeiro, o governador não teria apresentado as certidões referentes a esse processo que corre no STJ. “O governado não fez referência a esse processo quando fez registro de sua candidatura”, informou.

Câmeras do TRE

O advogado afirmou que não se preocupa como que as câmeras de segurança do tribunal possam ter filmado. De acordo com ele, subtração de páginas de processos protocolados em qualquer corte é crime e, caso fosse comprovado, ele deveria ser preso em flagrante. Como ele não foi preso, afirmou que “o que as câmeras filmaram, só vem a me auxiliar”.

O advogado afirmou ainda que foi espontaneamente à delegacia da polícia federal para prestar seu depoimento e esclarecer a situação. “Só quis falar o que aconteceu”, completou.

Sobre seu domicílio eleitoral

Ainda na tarde desta quarta-feira, foi protocolado junto ao TER um pedido de impugnação da candidatura de João Costa Ribeiro por falta de domicílio eleitoral. Contudo, o advogado afirmou que reside e trabalha no Tocantins há mais de 15 anos. “Quem mora no local, tem que ter domicílio eleitoral”, completou.

No entanto, João Costa Ribeiro afirmou que, caso seja condenado pela justiça eleitoral, ele retirará sua candidatura. “Caso seja decisão da justiça, eu entrego”, completou.