Na sessão extraordinária da tarde desta terça-feira, 17 na Assembleia Legislativa, o deputado Pastor Pedro Lima (PR) anunciou oficialmente a retirada de seu apoio à candidatura do ex-governador Siqueira Campos (PSDB). Pedro Lima, que já havia sinalizado a possibilidade na sessão do período da manhã, confirmou sua ida para a base do governador Carlos Gaguim (PMDB).
De acordo com o deputado, sua decisão foi pautada na opinião da congregação evangélica, a qual preside por mais de 15 anos. “80% dos evangélicos da Ciadseta exigiram que eu voltasse a apoiar Gaguim”, informou.O deputado afirmou que desde as reuniões com o conselho diretor e político da sua congregação passou a zelar pela sua reeleição à Assembleia Legislativa. “O nosso povo estava desestimulado a nos apoiar”, completou.
Apoio à Dilma
O Partido da República em âmbito estadual, ao contrario da orientação nacional, apoia a candidatura do ex-ministro da saúde, José Serra (PSDB) para a presidência da república. Este foi um dos motivos para que tomasse a decisão de aderir à campanha governista ao Palácio Araguaia.
“Fui questionado, como é que o PR é ligado à Dilma (Roousseff, candidata à presidência pelo PT) e no Estado é ligado ao Serra”, informou. E completou afirmando que “eu também quero estar ao lado de Dilma, e quem apoia Dilma aqui é Gaguim”
Permissão de João Ribeiro
De acordo com Pedro Lima, o presidente regional do PR, senador João Ribeiro, foi comunicado de sua decisão, antes que fosse anunciada oficialmente. O deputado afirmou que esteve na casa do senador, juntamente com mais dois representantes de sua base evangélica para conversar com Ribeiro e anunciar sua decisão.
Segundo informações do deputado, o senador se mostrou levemente contrariado com a decisão de ruptura, mas concordou com a iniciativa de Pedro Lima. Segundo Pedro Lima, nas palavras de João Ribeiro, “se tivesse me perguntado antes, eu diria que não deveria ter ido, mas como vocês já decidiram, eu não me oponho”.
Críticas de colega
Um dos críticos da decisão do deputado Pedro Lima, foi seu correligionário e colega de AL, Amélio Cayres. Este afirmou preferir não se pronunciar sobre a ida de seu colega para a base governista, mas mostrou seu posicionamento ao afirmar: “sou da época que palavra de homem tinha valor”. Na ocasião, Cayres reafirmou que segue fiel no apoio à candidatura de Siqueira Campos ao governo do Estado.