Em entrevista ao Conexão Tocantins na manhã desta segunda-feira, 1º de novembro, o coordenador da equipe de transição do governo Siqueira Campos, ex-senador Eduardo Siqueira Campos (PSDB), afirmou que passada a eleição presidencial que elegeu a petista Dilma Rousseff como primeira presidente mulher do Brasil, a meta é trabalho.
O coordenador se mostrou tranquilo com o fato de a presidente ser de um partido opositor ao de seu pai, governador eleito do Tocantins. De acordo com Eduardo, “quem se elege, elege para governar para todos”.
Na ocasião, o ex-senador lembrou de estados de grande representatividade para a federação, como São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Goiás, que tiveram seus governadores eleitos por partidos de oposição ao PT de Dilma. “Tenho certeza de que em São Paulo, ou Minas Gerais, os governadores também estão tranquilos com o futuro relacionamento dom a presidência”, completou.
Segundo Eduardo, um governante não pode administrar apenas para os eleitores que os colocaram no poder. “Você governa com a obrigação de respeitar inclusive aqueles que não o votaram e fazer um governo eficiente, de resultados”, afirmou.
O ex-parlamentar informou que acredita que a presidente eleita não irá deixar de dar suporte para qualquer Estado, independente de seu governo. De acordo com Eduardo, Dilma irá trabalhar para unificar todas as frentes políticas do Brasil, em prol do desenvolvimento da nação. “Ontem ela (Dilma) disse: união, união, união”, lembrou.
Liberdade de apoio
O coordenador da equipe de transição informou que o bom relacionamento dos candidatos siqueiristas que apoiaram Dilma na campanha poderá ser um fator facilitador da futura relação entre Siqueira e a Presidência da República. Foi o caso, por exemplo, do senador João Ribeiro (PR), que deu apoio tanto à Dilma quanto à Siqueira nas eleições de 2010. “Nós temos o nosso relacionamento com praticamente todos os membros dessa equipe, os nossos parlamentares mantiveram seus posicionamentos, no caso os nossos senadores”, completou.
Norteamento pelo Tocantins
Eduardo afirmou, no entanto, que após o fechamento das urnas e o resultado das eleições, o que deve realmente deve nortear as ações, tanto da equipe de transição, quanto do próprio governador eleito, serão os ajustes para o novo governo que toma posse no dia 1º de janeiro de 2011. “O que norteia agora é ajustar muita coisa estadual, tendo em vista já o Estado proferido”, concluiu.