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Polí­tica

O deputado do PV, Marcelo Lelis fez pronunciamento na tribuna da Assembleia Legislativa na manhã desta terça-feira, 23,no qual teceu duras críticas à situação do HGP. De acordo com o deputado, no entanto, os problemas no Hospital Geral de Palmas não são exclusividade do hospital. Segundo ele, “isso é um problema de saúde no Tocantins”.

Depois de uma visita que fez em companhia dos deputados Josi Nunes (PMDB) e José Geraldo (PTB) às instalações do HGP, Lelis voltou sua artilharia especificamente para o pronto-socorro do HGP. Lelis chamou o PS do HGP de “filme de guerra”, e afirmou que apenas três deputados não são suficientes para sanar por completo os problemas na saúde do Estado.

No entanto, ele ressaltou que a visita rendeu alguns pontos de questionamento que acabaram se transformando em requerimentos apresentados por ele na AL esta manhã.

Dentre os principais pontos levantados pelo deputado do PV, estão a falta de 44 variedades de medicamentos considerados de importância vital para o atendimento dos pacientes. De acordo com Lelis, um de seus requerimentos pede do secretário estadual de saúde Francisco Melquíades Neto esclarecimentos sobre a compra e a entrega destes medicamentos. “Se já foram comprados, quando irão chegar ao almoxarifado, quando estarão disponíveis para a população”, completou.

Outro ponto crítico levantado pelo deputado diz respeito à falta de pagamento da empresa responsável pela limpeza e alimentação do HGP. De acordo com Lelis, até o dia 17 deste mês ainda não havia sido efetuado o pagamento mínimo para que a Litucera mantenha os serviços básicos dentro do HGP.

De acordo com o deputado, caso a empresa não seja paga, há ameaça de paralisação dos serviços de limpeza e alimentação do Hospital Geral de Palmas. “Nós queremos saber da Sesau se não há a possibilidade de efetuar, ao menos, o pagamento mínimo para que estes serviços não sejam paralisados”, informou.

Críticas ao prefeito

Marcelo Lelis, durante seu discurso, lembrou que o sistema de saúde no HGP é um sistema considerado pleno, ou seja, os serviços de urgência e emergência ficam a encargo da prefeitura de Palmas, com verbas concedidas pelo governo federal. Segundo o deputado, no entanto, este serviço não está sendo cumprido.

De acordo com o deputado do PV, quando foi candidato à prefeitura da capital, em 2008, ouviu o prefeito Raul Filho (PT), então candidato à reeleição, firmar “compromisso sobre dois hospitais de referência em Palmas: um na região norte e um na região sul”.

Segundo Lelis, a suposta falta de compromisso da prefeitura com o HGP estaria prejudicando os serviços de pronto-atendimento do HGP. “As pessoas estão sendo jogadas nos corredores do HGP”, completou.

Solange rebate

Em resposta ao deputado Marcelo Lelis, a deputada Solange Duailibe (PT) rebateu as críticas feitas ao prefeito e afirmou que dos recursos do governo federal repassados para os serviços de urgência e emergência do HGP para a prefeitura de Palmas, cerca de R$ 3 milhões são repassados mensalmente ao governo do Estado para que sejam feitos estes serviços.

Coimbra ironiza

Em resposta ao deputado Marcelo Lelis, o presidente da Casa, deputado Junior Coimbra (PMDB) adotou tom irônico ao falar sobre a saúde pública do Tocantins. “Tenho certeza de que, em 30 dias, com a entrada do novo governo, todos os problemas serão sanados”, ironizou.

No decorrer da sessão, os deputados entraram em forte discussão e cobranças sobre a situação da saúde pública no Estado. Dentre as vozes mais contundentes, os deputados da atual oposição, como Raimundo Moreira (PSDB) e Amélio Cayres (PR), fizeram coro com as críticas levantadas por Lelis. “A situação da saúde no Tocantins está um caos”, destacou Moreira.

Do outro lado, os deputados da base aliada de Gaguim sugeriram possíveis soluções. “Temos que fazer uma parceria com o Ministério Público para que estes problemas sejam sanados”, afirmou o peemedebista Eli Borges.