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Polí­tica

Foto: Divulgação

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Durante sua entrevista coletiva na casa do governador eleito, Siqueira Campos (PSDB), o novo secretário de Segurança, Justiça e Cidadania, advogado João Costa Ribeiro Filho (PSDB) comentou sobre a atual situação da Segurança Pública no Estado e suas metas emergenciais para as melhorias na pasta. Contudo, o secretário destacou que os projetos pontuais para a pasta só serão conhecidos em janeiro, depois da posse do governador e secretariado.

O secretário classificou como caótica a situação da segurança pública no Tocantins e ressaltou que muito se por culpa dos próprios profissionais que fazem parte da pasta na atualidade. “Muito por desconhecimento técnico, ou até por falta de vontade política para resolver os problemas”, completou.

Um dos pontos que o secretário destacou que pretende dar atenção, é com relação às divisas do Estado, para que a criminalidade não transite pelo Tocantins. “Temos que resolver os problemas transfronteiriços para que os criminosos não entrem ou saiam do Tocantins livremente”, frisou.

Foco no sistema prisional

O novo secretário da pasta unificada de segurança destacou que um dos principais problemas no Estado, está no seu sistema prisional. Ribeiro Filho ressaltou que é necessária uma reforma profunda nos presídios do Estado. No entanto, reconheceu que este não é um problema que seja resolvido de forma imediata.

De acordo com o secretário, uma das primeiras medidas para sanar os problemas no sistema prisional tocantinense será a classificação dos presos de acordo com seu grau de periculosidade. “Iremos classificar como periculosidade leve, média ou grave. Os de grande perigo, nós vamos mandar para presídio federal até que os do Tocantins estejam prontos”, completou.

Outro ponto levantado pelo secretário foi o combate à corrupção dentro dos presídios. De acordo com ele, todo o trabalho de correção do preso é prejudicado quando é presenciada uma ação de corrupção por parte dos policiais de dentro do presídio. “É ali (na penitenciária) que acontece o mal. Quando o policial deixa entrar drogas, armas, celulares, isso destrói o criminoso. Quando ele vê os policiais ganhando dinheiro dentro do presídio”, informou.

Reintegração à sociedade

Junto com seus subsecretários da nova pasta, João Costa Ribeiro Filho destacou que pretende unificar as ações de segurança pública às de cidadania para que os presos possam ser reintegrados de maneira eficaz na sociedade. “É preciso um projeto amplo de cidadania”, destacou.

O secretário afirmou que precisa do apoio de suporte de todos os agentes formadores de cidadãos para a reinserção dos presidiários no convívio social. “Precisamos de mais atores neste grupo. Precisamos de instituições engajadas na obra”, alertou.

De acordo com o advogado, os presos que tiverem condições de cumprirem liberdade condicional e vigiada, serão reintegrados na sociedade após comprovação de emprego e condições de renda. “Vamos unificar os poderes para poder criar meios de qualificar os presos para o trabalho. Somente de mãos dadas vamos resolver o problema da segurança pública”, completou.

O papel da subsecretaria de cidadania será, de acordo com o Ribeiro Filho, cuidar para que não nasçam novos criminosos na sociedade. De acordo com ele, é de dentro de casa que as crianças tiram seus exemplos e formam suas personalidades.

“Violência doméstica. Pais que se entregam ao alcoolismo, aos vícios. Precisamos cuidar da violência dentro das casas. E a parte da cidadania é a que vai cuidar da porta para trás nas casas”, informou o secretário.

Primeiras ações na prática

O novo secretário destacou que como medidas primárias na atuação à frente de sua pasta, ele pretende fazer com que os policiais que passaram no concurso para o Estado do Tocantins, retornem de suas transferências para outros Estados. “No primeiro dia, vou requisitar a devolução de todos os policiais que estão no Tocantins”, completou.

Outro ponto levantado como meta da secretaria é a criação de portal da transparência. Segundo João Costa, com o portal, a sociedade terá condições de acompanhar os andamentos dos gastos da secretaria. “Todos serão informados, empresas e cidadãos”.

Dinheiro curto, mas suficiente

Sobre o orçamento da secretaria, Ribeiro Filho destacou que o dinheiro é curto, mas o suficiente para atender às demandas da pasta. “O dinheiro é curto; quando mal administrado, fica menor ainda, quando se tem a corrupção, fica impraticável”, lamentou.