Em entrevista ao Conexão Tocantins na manhã desta quinta-feira, 23, o deputado estadual José Geraldo de Melo Oliveira (PTB) comentou sobre o aumento salarial aprovado para os deputados em sessão extraordinária no início da noite de ontem, quarta-feira. De acordo com deputado, o aumento dos salários dos parlamentares está atrelado ao reajuste aprovado no Congresso Nacional que elevou os salários dos deputados federais para R$ 26 mil.
“É uma questão que está condicionada à Câmara Federal. Só há aumento quando há aumento na Câmara”, explicou José Geraldo.
Gastos elevados
Segundo José Geraldo, a população se esquece de aprofundar mais a discussão em torno dos salários parlamentares. Para justificar o aumento aprovado pela Assembleia Legislativa o deputado comparou o Estado a uma grande empresa, onde os executivos tem superiores aos demais funcionários. “O Estado é como uma grande empresa e o parlamentares estão no nível de um grande executivo”, completou.
O deputado concordou que seja discrepante a diferença dos salários dos parlamentares (R$ 20 mil) em comparação com o atual salário mínimo, que gira em torno de R$ 550. “Se for comparar o salário mínimo com o que um deputado ganha, é um absurdo”, destacou.
No entanto ele ressaltou as diferenças entre conquistar um mandato de deputado estadual, com a de manter um currículo mais “modesto”. “Tem que comparar os gastos de um deputado para chegar ao seu mandato com a formação de um currículo para se ganhar salário mínimo”, disse.
Salário do Executivo
Na opinião do deputado, é preciso que o Brasil passe por uma profunda reforma em diversos setores da administração pública, inclusive no que diz respeito aos salários dos políticos.
De acordo com ele, os maiores salários do Brasil deveriam ser os dos chefes do Executivo. Em comparação com o novo salário aprovado na AL do Tocantins, o presidente Lula (PT) recebe hoje um salário R$ 11.420,21 brutos - o líquido fica em torno de R$ 8 mil. “O salário do presidente deveria ser o maior do Brasil, assim como o dos governadores nos Estados e os prefeitos nos municípios”, finalizou.