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O Ministério Público Federal no Tocantins denunciou à Justiça Federal 18 pessoas acusadas de tráfico internacional de cocaína proveniente da Bolívia, com atuação nos estados do Tocantins, Goiás, Rondônia e Mato Grosso. Em oito situações, a denúncia do MPF/TO aponta os crimes de tráfico praticados pela associação durante o período das investigações, desde a entada de grandes quantidades de droga no país como o repasse de quantidades menores a revendedores que atuam em cidades do interior do estado.

Todos os denunciados tiveram prisão preventiva decretada, e Eurípedes Aparecido de Oliveira, Rodrigo Moreira da Cunha, Ademar de Moraes Bueno, Weder Pablo de Oliveira, Leonel Davila, Ilton José Severino, José Adriano Sena, Arnaldo Ferreira dos Santos, Valdeny Francisco Bento estão atualmente recolhidos à Casa de Prisão Provisória de Palmas. Rosângela Pereira Souto, Lucicléia Soares de Sá e Wilmeide Nascimento de Sousa estão recolhidas na Cadeia Feminina de Taquaralto. Raimundo Alves Lima está atualmente recolhido na Casa de Prisão Provisória de Porto Nacional. Já Gilson Bispo de Souza, Rui da Silva, Josean Andrade Silva, Noberto Dennis Gutierrez Blasica e Manuel Jara Perez atualmente estão foragidos da Justiça.

As investigações da Operação Cinco Estrelas começaram com informação da Polícia Federal de Anápolis (GO) sobre um grupo que comprava e reformava aviões para uso no tráfico internacional de drogas. Alguns dos integrantes teriam vínculo com Walter Martins, um dos líderes de outro grupo de traficantes que atuavam no Tocantins, desmantelado na Operação Face Oculta. De agosto de 2009 a dezembro de 2010, foram delineados a rota e modo de operação através de monitoramentos telefônicos, e resultaram na prisão de 14 denunciados e apreensão de documentos, manuscritos com a divisão dos lucros, veículos de luxo, cheques, armas e munições, dentre outras provas da atividade ilícita. Também foram sequestrados diversos imóveis de propriedade dos denunciados, supostamente adquiridos com o lucro oriundo do tráfico internacional de drogas.

O grupo criminoso tinha dois núcleos interligados. O grupo que atuava no Tocantins era articulado por Rodrigo e financiado por Eurípedes, detentor de grande patrimônio acumulado com a lavagem do dinheiro proveniente do tráfico.

Eles adquiriam drogas do grupo sediado em Goiás e Rondônia, transportada ao Tocantins por Ademar, piloto e proprietário de uma aeronave Cessna Skylane, e algumas vezes por Valdeny, motorista de caminhão. Eram auxiliados por Weder, Rosângela e Wilmeide. No estado, a droga era distribuída por Gilson a revendedores do interior, entre eles Leonel, que atuava em Natividade, e Raimundo, que revendia a droga em Porto Nacional.

Em Goiás, atuavam Ilton e José Adriano, que era responsável pela contabilidade e estoque, até repassar a droga para Arnaldo e Valdeny, que faziam a distribuição em território nacional. Valdeny foi preso em flagrante transportando 350kg de cocaína em outubro de 2009, na cidade de Paraíso do Tocantins. Também ligado ao grupo de Goiás, Arnaldo realizava transporte da droga em uma S-10 cabine dupla com fundo falso. A organização atuava de forma coordenada, em diferentes níveis de relacionamento e com divisão de tarefas. Noberto Blasica e Emanuel Perez são traficantes internacionais que que exportam para países europeus. Noberto é ex-capitão da força aérea peruana, condenado a 8 anos de prisão na Operação Paisano da Polícia Federal. Emanuel é grande traficante da região de Santa Cruz de La Sierra, Bolívia.

Fonte – Assessoria de Imprensa/MPF