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Estado

A indústria tocantinense fechou o ano de 2010 com crescimento, invertendo a tendência de queda que se prolongava desde o início do ano. Todos os indicadores apurados (produção, número de empregados e utilização da capacidade instalada) pela Sondagem Industrial, pesquisa trimestral realizada pela FIETO - Federação das Indústrias do Estado do Tocantins, apresentaram crescimento no último trimestre de 2010.

Os indicadores da pesquisa variam de zero a cem pontos. Valores acima de 50 indicam crescimento. O volume de produção alcançou 58 pontos no 4º trimestre, número superior aos 38 pontos do trimestre anterior. O número de empregados registrou 54 pontos e a Utilização da Capacidade Instalada 81 pontos. Os valores do trimestre anterior foram 47,8 e 71 pontos, respectivamente.

O responsável pela pesquisa e gerente da FIETO, José Roberto Fernandes, explica que a avaliação da pesquisa é conjuntural e qualitativa. A amostra contemplou entrevistas em 39 indústrias (33 pequenas e 6 médias) de 20 municípios tocantinenses. Foram pesquisadas de 03 a 21 de janeiro de 2011 empresas dos seguintes segmentos: Alimentos, minerais não-metálicos, bebidas, borracha, couros, indústrias extrativas, móveis, veículos automotores, química e vestuário.

A pesquisa revela que os empresários mostram-se satisfeitos com a margem de lucro e a situação financeira de seus negócios. Nunca, os indicadores de ambos atingiram os valores registrados neste 4º trimestre, respectivamente 58 e 61,2 pontos.

Outro apontamento da pesquisa é o levantamento dos principais problemas enfrentados pelos empresários industriais do Estado. “A alta carga tributária continua sendo, de longe, o maior problema. O acesso ao crédito continua difícil, além da falta de trabalhador qualificado”, avalia Fernandes.

Desde o trimestre anterior, quando ganhou três posições no ranking dos problemas mais citados, a falta de trabalhador qualificado aparece como o segundo maior obstáculo ao desenvolvimento da indústria. A provável causa desta ascensão vincula-se ao aumento do fluxo/diversidade de capitais que tem demandado o Estado no último ano a procura de novos nichos de investimento.

Além destes entraves também se destacaram as elevadas taxas de juros, o alto custo da matéria-prima, inadimplência de clientes e a competição acirrada de mercado. Esse indicador descreve, qual o percentual de citações de determinado problema pelos entrevistados.

A pesquisa apura ainda o Índice de Confiança do Empresário Industrial - ICEI - que subiu 6,5 pontos do 3º para o 4º trimestre, passando de 60,4 para 66,9 pontos. Todos os indicadores de perspectiva da indústria estão bem acima dos 50 pontos, o que sugere aumento da demanda por produtos bem como aumento de demanda por matéria prima e dos postos de trabalho oferecidos. O reflexo na pesquisa foi o alcance de 73,9 pontos no Indicador de Expectativa, 10,9 pontos a mais do que o trimestre anterior. Apesar disso, não se pode descartar uma queda da atividade nos próximos meses, principalmente tendo em conta que isto já acontece em nível nacional, segundo apontamento da pesquisa.

“A produção cresceu, os estoques não se acumularam, ou seja, os produtos estão saindo. A situação financeira tá boa, teve lucro. Conjunturalmente, no último trimestre, todos os indicadores apresentaram um crescimento, estão acima de 50 pontos o que leva a concluir que a indústria atravessa um bom momento”, avalia Fernandes.

Fonte: Assessoria de Imprensa