A senadora Kátia Abreu (DEM-TO), que se absteve na votação de anteontem pelo salário mínimo de R$ 545, afirma que está "desconfortável" no DEM e que a "oposição está na UTI".
A senadora do Tocantins deu entrevista à Folha de São Paulon onde admitiu que pode mais na frente deixar o DEM, onde é liderança nacional.
Questionada sobre a abstenção na votação do salário mínimo, Kátia Abreu disse que se preocupa com a inflação. “Não tem nada a ver com o partido. Quando a Dilma se elegeu, eu disse: CPMF, não. Imposto, não. Quero assumir qualquer condição antipática, mas que não permita que a inflação retorne ao país”, disse.
O vice-presidente, Michel Temmer (PMDB) já convidou a senadora para integrar os quadros do PMDB.
Veja outros questionamentos da Folha à senadora:
A crise no DEM ou a possibilidade de ingressar em um partido do governo não pesou?
Não. Se eu tiver que sair do partido, não tem nada a ver com o meu voto. Não existe uma pirraça. Não votei com a Dilma, eu votei com o Brasil.
A senhora vai sair do DEM?
Nesse momento não, mas estou muito desconfortável no meu partido. Não estou bem lá, não estou feliz.
A saída de Gilberto Kassab é inevitável?
Pode ser que não, tudo pode acontecer, assim como comigo. Quase metade do partido está se sentindo desconfortável. Mas ninguém está com decisão tomada.
A crise no DEM vai enfraquecer a oposição?
Não creio que tem condições de ela ficar mais fraca. Qualquer atitude do Kassab não vai alterar esse quadro. A oposição está na UTI.
Da Redação com informações da Folha de São Paulo