Os deputados estaduais começarão as discussões das emendas parlamentares e do relatório do orçamento estadual nesta quarta-feira, 30, nas comissões à tarde.
A oposição não tem perspectiva de que as emendas individuais propondo cancelamento de repasses para alguns órgãos seja aprovada conforme afirmou o líder do bloco, Sargento Aragão (PPS).
Aragão disse que não acredita que na comissão, onde o governo tem maioria, sejam aprovadas as proposições dentre elas a que propõe retirada de R$ 18 milhões da comunicação. Sem citar nome, Aragão disse que “a imprensa oficial” venceu com relação às críticas às mudanças propostas e principalmente sobre o remanejamento de 40% do orçamento pelo governo.
A oposição propôs que esse índice seja reduzido para 10% mas provavelmente a proposição não deve ser aprovada. “A imprensa oficial está correta. Vamos deixar o governo trabalhar”, salientou. “Amanhã a imprensa oficial não pode reclamar das filas no HGP”, disse.
O deputado além de criticar a imprensa citou ainda a manifestação dos sindicatos e associações que questionaram o teor das emendas.
Questionado se a oposição estaria saindo derrotada com relação às proposições do orçamento o deputado salientou que não. "Não há derrotados nesse orçamento", disse.
Os deputados tentam consenso sobre as emendas individuais apresentadas.
Em plenário, Eduardo do Dertins (PPS) salientou que o orçamento deve ser aprovado de acordo como o governo encaminhou mas salientou que a oposição precisa fazer o papel de questionar.
Wanderlei Barbosa (PSB) comentando o assunto também disse que mesmo que as emendas "morram" nas comissões cada deputado sugeriu de acordo com as necessidades detectadas.
Solange Duailibe (PT) disse que a bancada de oposição está preocupada com o Estado e não em inviabilizar o governo por isso disse ser favorável ao remanejamento proposto pelo governo. "É um voto de confiança", salientou.
Stalin Bucar (PR) pediu que a oposição alinhasse o posicionamento com relação à votação do orçamento no entanto Aragão disse que não há divisão no grupo. "A oposição não está dividida", frisou.
Os deputados devem fazer ainda, conforme frisou o presidente Raimundo Moreira (PSDB), sessões extras para a votação do orçamento.