O deputado estadual Wanderlei Barbosa (PSB) entregou meia hora depois o projeto do orçamento estadual do qual pediu vista na Comissão de Tributação presidida pelo relator Amélio Cayres (PR) e não teve a aprovação dos colegas.
Portanto, o orçamento foi à plenário sem emendas da oposição apenas com as do relator de retirar R$ 2 milhões da assembleia e R$ 5 milhões da secretaria de Planejamento e Modernização da Gestão pública.
Discussões
No parecer de vista Barbosa propôs remanejamento de R$ 32 milhões que seriam retirados da Assembléia Legislativa, do Tribunal de Contas, da Comunicação, do Gabinete do Governador e ainda da Secretaria do Planejamento e direcionados para a Saúde e para o Fundo Anti-Drogas.Tal proposição foi do deputado Eli Borges (PMDB).
Com relação ao parecer o líder do governo Freire Júnior (PSDB) salientou que mesmo com a necessidade de ter orçamento para a Saúde é inviável retirar dinheiro da Assembleia. Freire alegou inclusive os gastos da AL e ainda o que chamou de “esqueletos no armário” com relação à compromissos que a Casa ainda tem a pagar.
O líder pediu que o parecer de Wanderlei fosse rejeitado. “Para que tenhamos o mínimo de cautela com a execução orçamentária desse ano”, disse.
Wanderlei questionou a postura dos governistas com relação à redução de repasse para a Casa e frisou que a oposição cedeu com relação a outras questões.“Preservamos a comunicação e outras áreas para o governo mas esperamos que os deputados apóiem a redução de R$ 8 milhões na Assembleia”, salientou.Só que mesmo assim seu relatório foi rejeitado.
Sandoval Cardoso (PMDB) entrou na discussão e discordou do deputado de sua bancada, Wanderlei Barbosa e inclusive votando contra.
Já Stalin Bucar parabenizou a proposição de Wanderlei e questionou o fato dos deputados não aprovarem a redução para a AL.“Estamos cortando na carne, cortando no coração para diminuir o sofrimento de várias pessoas”, frisou.
Presidente pondera
O presidente da Casa, Raimundo Moreira (PSDB) presente na discussão salientou alguns gastos da Assembleia dentre eles pagamento de benefícios a servidores. “Não sabemos quantos recursos vamos cobrir essas despesas”, frisou.Outra questão citada é a implantação da TV Assembleia.
Com relação à destinação de recursos para a saúde conforme foi proposto por Wanderlei, o deputado disse que o que foi destinado pelos parlamentares através das emendas e ainda no orçamento já suprirá as demandas.
Vilão do orçamento
Num discurso relembrando repercussão em torno da votação do orçamento, Eli Borges salientou que sua imagem ficou como de “vilão”. O parlamentar voltou a citar a imprensa e questionou a falta de aprovação de suas emendas.
Sargento Aragão (PPS) frisou que na sua opinião o governo teve a real intenção de fazer caixa e colocar a culpa na oposição. "É inércia total", frisou.