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Estado

Foto: Antonio Cruz/ABr O cortejo com o corpo do ex-vice-presidente José Alencar deixa o Palácio da Liberdade e segue para o Parque Renascer Cemitério e Crematório, na cidade de Contagem O cortejo com o corpo do ex-vice-presidente José Alencar deixa o Palácio da Liberdade e segue para o Parque Renascer Cemitério e Crematório, na cidade de Contagem
  • O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa do velório do ex-vice-presidente José Alencar no Palacio da Liberdade - Foto - Antonio Cruz/ABr

Apenas parentes, amigos e alguns políticos participaram da cerimônia de cremação do corpo do ex-vice-presidente José Alencar, hoje (31), em uma rápida cerimônia no Parque Cemitério e Crematório, em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte. A cerimônia durou 20 minutos e terminou por volta das 15 horas. O funeral de Alencar em Minas Gerais e em Brasília teve honras de chefe de Estado.

A família de Alencar decidiu levar as cinzas para a capela onde ele foi batizado, em Itamori, distrito do município de Muriaé, na Zona da Mata Mineira. As cinzas só serão entregues aos parentes, em uma pequena urna, depois quatro dias.

A presidenta Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que retornaram de uma viagem a Portugal para o velório no Palácio do Planalto, também foram prestar a última homenagem a Alencar em Belo Horizonte.

Antes de seguir para o crematório, o corpo de Alencar seguiu em cortejo fúnebre pelas ruas de Belo Horizonte. Da Base Aérea, no bairro da Pampulha, até ao Palácio da Liberdade, antiga sede do governo de Minas Gerais, as calçadas das ruas ficaram repletas de pessoas que prestaram a última homenagem ao ex-vice-presidente.

Cerca 6 mil pessoas participaram da visitação pública do caixão de Alencar, que ficou exposto no salão principal do Palácio da Liberdade. Outros populares se aglomeram na praça em frente ao palácio.

A comoção nas ruas da capital mineira durante passagem do cortejo fez com que políticos e moradores recordassem do funeral do ex-presidente Tancredo Neves, em 1985. A todo momento, era possível ver pessoas aplaudindo, agitando bandeiras, chorando e empunhando mensagens de agradecimento a Alencar.

Uma chuva de papel picado foi jogada sobre o corteja na Praça Sete. No local, Alencar fez o seu último discurso público. O pronunciamento ocorreu durante a campanha de Dilma, no segundo turno das eleições presidenciais do ano passado. Mesmo debilitado, ele subiu em uma carro aberto, participou da carreata e na Praça Sete fez um discurso bem-humorado em favor de Dilma.

Ao sair do velório no Palácio da Liberdade, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Fernando Pimentel, destacou a importância de Alencar na vida brasileira. "O José Alencar está definitivamente entre os grande nomes, os grande heróis da Pátria. Para Minas Gerais, neste momento, é um orgulho dizer que temos mais um mineiro ilustre com o nome escrito de forma indelével na história brasileira."

O ex-ministro do Desenvolvimento Social Patrus Ananias lembrou momentos da política mineira nos quais Alencar serviu para quebrar a resistência que havia em relação ao PT. Um dos fundadores do partido em Minas, Patrus contou que na campanha para prefeito, em 1992, Alencar inovou, ao chamar todos os candidatos para um debate na Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), entidade que o ex-vice presidia na época. Isso, assinalou o ex-ministro, ajudou a mudar a imagem do PT.

Alencar morreu terça-feira (29) no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, vítima de um câncer no intestino contra o qual lutou por 13 anos. Em Brasília, cerca de 8 mil pessoas estiveram no velório no Palácio do Planalto.

Fonte: Agência Brasil