Depois de mais de 10 horas de reuniões e da expulsão do prefeito de Palmas, Raul Filho, o diretório estadual do Partido dos Trabalhadores optou também pela expulsão do partido da deputada estadual Solange Duailibe, no final da tarde deste sábado, 16. Na ocasião, assim como Raul, Solange foi julgada por desrespeitar aas normativas do estatuto partidário do PT.
Ao final das discussões e das votações, os membros do diretório aprovaram por unanimidade nos dois processos que enfrentou no conselho de ética do PT.
O PT é superior
O presidente ainda destacou que, tanto no caso da expulsão do prefeito Raul Filho, quanto no da deputada Solange Duailibe, a intenção do partido foi manter sua soberania sobre o que foi considerado interesses pessoais ou individuais.
Contudo, mesmo depois de expulsar dois de seus mandatários, o presidente do partido ainda frisou que o PT perdeu com a saída de Solange e Raul. “Com a ruptura da Solange e do Raul, diminui o Raul, diminui a Solange e diminui o PT”, disse.
Nogueira ainda, assim como o prefeito de Colinas, José Santana, destacou o que chamou de tristeza pela saída do gestor de Palmas. “A militância trabalhou por 7 anos na construção da liderança do prefeito Raul, inclusive, para uma candidatura ao governo do Estado”, completou.
Partido vai pedir mandato
Diferente do que aconteceu no caso da expulsão de Raul Filho, o PT irá correr atrás do mandato de Solange na Assembleia. A diferença, de acordo com Donizeti seria em uma compreensão diferenciada do partido no que diz respeito aos mandatos executivos e legislativos. No entanto, o presidente resumiu bem a causa da manutenção de Raul em seu mandato. “O PT não tem um vice-prefeito. Como tirar o mandato do executivo, se o mandato é do partido e o vice-prefeito é de outro partido?” frisou.
No caso da deputada, caso seja julgada e seu mandato retirado, quem assumiria em seu lugar é seu primeiro suplente, ou seja, Ivan Vaqueiro, da cidade de Paraiso do Tocantins.
Recurso
Depois de expulsos pelo partido, tanto a deputada Solange, quanto o prefeito Raul ainda poderão recorrer da decisão junto ao Diretório Nacional do PT. Os dois terão o prazo regimental de 10 dias a partir da data de notificação para dar entrada no recurso.
O presidente do PT no Tocantins explicou que assim que o recurso der entrada junto ao diretório nacional, automaticamente a expulão dos dois entra em efeito suspensivo, sendo validada somente após a decisão final do conselho superior.