Em entrevista ao Conexão Tocantins na sessão da manhã desta terça-feira, 3, na Assembleia Legislativa, a deputada Solange Duailibe informou que já recebeu a notificação oficial sobre a sua expulsão e a do prefeito Raul Filho dos quadros do Partido dos Trabalhadores do Tocantins.
De acordo com a deputada, o comunicado oficial foi entregue já na terça-feira passada e no dia seguinte, foi protocolado o recurso junto ao diretório nacional do partido, em São Paulo. “Com o protocolo do recurso, a expulsão fica automaticamente suspensa”, frisou.
Segundo o regimento do PT, tão logo o membro expulso apele ao diretório nacional contra a decisão regional do partido, a exclusão fica suspensa até a decisão final da corte maior do partido. Com isso, tanto Solange, quanto o prefeito de Palmas, Raul Filho permanecem no PT até que não se caiba mais recurso junto ao partido.
Bases da defesa
A deputada, como já havia informado ao Conexão Tocantins na última semana, informou que sua defesa irá seguir a linha de análise de outros casos de políticos do partido que também apoiaram o senador João Ribeiro (PR) nas eleições do ano passado; esta foi uma das acusações contra a deputada e o prefeito.
De acordo com Solange, ela e Raul não foram os únicos do PT a apoiar João Ribeiro em 2010. “Tiveram prefeitos muito petistas, que apoiaram o senador no ano passado. Por que só o prefeito Raul? Por que outros políticos que apoiaram também não foram julgados?”, questionou.
A deputada ainda se mostrou confiante quanto ao seu julgamento junto à nacional petista. Segundo ela, não existem parâmetros que embasem sua expulsão do PT. “Acredito, por que esta expulsão foi ditatorial, foi de caráter pessoal, na figura do presidente (Donizeti Nogueira)”, concluiu.