Após dois anos sem registrar mortes de pacientes grávidas o Hospital e Maternidade Dona Regina registrou em abril deste ano a morte de cinco gestantes.
Todos os casos estão sendo apurados pela Diretoria do Hospital e inclusive foram alvo de sindicância na maternidade, segundo informação oficial ao Conexão Tocantins nesta segunda-feira, 9.
A assessoria de Imprensa do hospital avisou ainda que está fazendo o levantamento das causas das mortes ocorridas para repassar ao Conexão Tocantins desde a sexta-feira, 6, quando foi feita a solicitação. O Hospital adiantou porém que a causa das mortes foram diferentes.
Relatos de superlotação e ainda de falta de profissionais para a demanda de pacientes no Hospital foram repassados ao Conexão Tocantins através de pacientes que não quiseram se identificar.
Caso Alzenira
Um destes casos foi o da paciente Alzenira Bonfim de Miranda, 39, que faleceu no hospital na terça-feira, 26 de abril. O marido da paciente, Francisco Menezes afirmou ao Conexão Tocantins que vai acionar o Ministério Público e demais órgãos fiscalizadores para apurar os motivos da morte da esposa.
A Secretaria Estadual da Saúde comunicou que Alzenirateve um quadro de atonia uterina depois que já estava na sala de recuperação anestésica. O esposo relata que esteve com Alzenira após o parto e que ela estava bem. Segundo ele, tudo aconteceu muito rápido e meia hora após sua saída do quarto foi avisado da morte da esposa.
“Não era gravidez de risco, eu sei que minha esposa não vai voltar mais, só que eu quero saber o que aconteceu”, afirmou. O bebê, Pedro Miguel Menezes Miranda, está sob os cuidados do pai.