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Palmas

Desde que teve início a discussão da ampliação do espaço urbano de Palmas tem gerado polêmica e muita discussão entre políticos, especialistas e sociedade civil. Um dos principais críticos do processo é o empresário Carlos Amastha, que na manhã desta quarta-feira, 13, iniciou uma campanha de mobilização contra o projeto encabeçado, principalmente, pelo vereador Fernando Rezende (DEM).

Em entrevista ao Conexão Tocantins, o empresário comentou os motivos de seu posicionamento, o que o levou a iniciar a campanha de coleta de assinaturas para uma carta-protesto contra a ampliação do perímetro urbano da capital do Tocantins. De acordo com ele, ainda falta ampliação das discussões, envolvendo ainda mais a sociedade civil organizada, através de entidades como o Instituto dos Arquitetos do Brasil, por exemplo. “Não cabe ao legislador tomar uma decisão desse porte sem a opinião da sociedade”, disse.

O empresário, que tem se mostrado um militante político municipal de peso, frisou que não é contra a expansão do município, mas que invadir as áreas de proteção ambiental, próximas à Serra do Lajeado, seria uma agressão tanto a Palmas, quanto ao meio ambiente que cerca a Capital. “Uma cidade planejada para o futuro, não pode sofrer uma agressão dessas, da maneira como está sendo feito esse projeto”, completou.

Justificativas infundadas

De acordo com Amastha, as explicações sociais apresentadas até o momento, não condizem com a realidade enfrentada pela cidade e não justificam a expansão para o outro lado da TO-050. Segundo o empresário, dentro do que é considerado centro de Palmas ainda existem áreas suficientes para atender as demandas da população de baixa-renda. “O argumento que vai ter terreno barato para beneficiar os pobres é conversa. Temos áreas disponíveis dentro da cidade. Vamos fazer quadras de interesse social”, frisou sobre os grandes vazios urbanos que são visíveis de Norte a Sul na cidade.

Além da responsabilidade ambiental, o empresário destacou que a ampliação dos setores urbanos de Palmas para depois da TO seriam uma grande irresponsabilidade social. Amastha destacou a dificuldade que o município enfrentaria em urbanizar aquelas áreas, haja vista a distância. “Quem vai levar iluminação pública para lá? E saneamento básico, escolas, postos de saúde? Já estão querendo aumentar as tarifas de ônibus por que dizem que percorrem grandes distâncias. Como vai ficar?”, questionou.

Carta-protesto

Ainda na manhã de hoje, o empresário, dono do Shopping Capim Dourado, iniciou, via Twitter uma campanha de coleta de assinaturas para a elaboração de uma carta em protesto contra a ampliação do perímetro urbano de Palmas. De acordo com ele, a intenção é divulgar e alertar a população para que haja maior participação da sociedade nas discussões do Plano Diretor da capital. “Os interessados em assinar a carta, devem encaminhar email para o endereço amastha@yahoo.com”, concluiu.