Em resposta ao pronunciamento do deputado Stálin Bucar (PR), que acusou o governo de saquear o Estado, na manhã desta quinta-feira, 1º, na Assembleia Legislativa, o deputado Marcelo Lelis (PV) desafiou o colega de parlamento a provar. Bucar havia dado especial destaque à visita do secretário estadual do Planejamento e Modernização da Gestão, Eduardo Siqueira Campos ao ex-ministro José Dirceu. Na ocasião, Eduardo levava uma sacola a Dirceu, a qual Stálin disse estar cheia de verbas públicas do Estado.
Lelis frisou que não existe prova de que a sacola estivesse recheada com dinheiro tocantinense e que as acusações de Stálin não tinham fundamento. “Baseado em que? Em uma foto de um cidadão que vai visitar outro cidadão que não está preso?”, questionou.
Já Stálin, contestando as argumentações de Lelis, ainda expôs a polêmica eleição da presidência da Casa, na qual a oposição acusou a base governista de tentar comprar votos para eleger o deputado Raimundo Moreira (PSDB). “Um governo que usa do poder para comprar uma eleição para a presidência desta Casa, ele pode muito bem levar uma sacola de dinheiro para um ex-deputado”, completou.
As acusações de Stálin atingiram em cheio o presidente da AL, que respondeu de imediato. “Na minha eleição não teve compra de votos. A sua acusação é vã. Não chega a atingir a minha eleição. Essa sua acusação é muito fora dos padrões da ética”, respondeu Moreira.
Concurso
Marcelo Lelis ainda questionou as alegações do deputado Sargento Aragão (PPS) sobre a capacidade de a Universidade do Tocantins (Unitins) em realizar o concurso do Quadro Geral, anunciado pelo governo do Estado, em agosto. Segundo Aragão, por conta de falhas anteriores, a Unitins não teria condições de realizar as provas, que já foram tantas vezes contestadas pela justiça.
Em resposta a Aragão, Lelis o acusou de torcer contra o desenvolvimento do Estado. “Me preocupa essa síndrome de pessimismo. Eu tenho a impressão de que o deputado está torcendo para que as coisas no Tocantins não dêem certo”, completou, atiçando a ira de Aragão,que de imediato levantou discurso inflamado. “Na entrevista do próprio reitor da Unitins deu a impressão de que esse concurso está sendo realizado dentro da Secretaria da Administração. Quem solicitou esse concurso não foi o senhor. Foi a bancada de oposição que entrou com intervenção federal no governo do Estado”, completou, em tom áspero.