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Saúde

A Sesau – Secretaria Estadual da Saúde por meio da gerência de Núcleo de Zoonoses e Animais Peçonhentos realiza nesta quarta e quinta-feira, 26 e 27, das 8h às 18h, no Auditório do Anexo I da Sesau, a Capacitação em Vigilância, Diagnóstico e Tratamento de Acidentes por Animais Peçonhentos, Raiva, Leptospirose e Hantavirose.

O objetivo é aperfeiçoar o conhecimento dos médicos em diagnóstico e tratamento de acidentes por animais peçonhentos, raiva, leptospirose e hantavirose para melhoria da assistência e atendimento aos pacientes, bem como a suspeição desses agravos em tempo oportuno e assim melhorar a qualidade de vida da população tocantinense.

O curso será ministrado pelo Médico Infectologista, professor e pesquisador do Hospital Barros Barretos – Belém/PA, Pedro de Oliveira Pardal e pelo Médico Infectologista, Alexandre Janotti.

Participam Médicos dos Hospitais Regionais do Estado e Unidades de Saúde (referência no atendimento desses agravos) dos municípios de Araguaina, Arraias, Alvorada, Araguatins, Araguaçu, Aliança, Dianópolis, Goiatins, Gurupi, Miracema, Paraíso, Porto Nacional, Palmas, Pedro Afonso, Xambioá, Silvanópolis, Cristalândia, Combinado, Colméia, Formoso do Araguaia, Natividade, Lagoa da Confusão, Goianorte e Novo Acordo.

Animais Peçonhentos

Os animais peçonhentos de importância para a saúde pública no Brasil são serpentes, aranhas, escorpiões, arraias, abelhas e lagartas. No Tocantins, esse agravo é de notificação estadual desde 2002 e a partir de 25 de janeiro de 2011, através da portaria GM nº 104 foi incluída como de notificação nacional. São notificados no Sinan - Sistema de Notificação de Agravos de notificação em média 1.795 casos/ano distribuídos em diferentes agentes peçonhentos, sendo mais freqüentes os acidentes por serpentes e escorpiões. Os acidentes ocorrem habitualmente na zona rural e acomete principalmente o grupo etário composto por jovens com predomínio do sexo masculino. O local mais acometido de picada: membros inferiores e superiores (pé, perna, mão e braço), o que demonstra a importância de medidas de prevenção como a utilização de equipamento de proteção individual.

No Tocantins, foram notificados em 2008, 1598 casos, em 2009, 1990 casos, 2010, 2049 casos e 2011, 1610 casos até hoje.

Zoonoses
- A raiva é uma antropozoonose transmitida ao homem pela inoculação do vírus rábico contido na saliva do animal infectado, principalmente através da mordedura. Apesar de ser conhecida desde a antiguidade, continua sendo problema de saúde pública nos países em desenvolvimento, principalmente a transmitida por cães e gatos, em áreas urbanas, mantendo-se a cadeia de transmissão animal doméstico/homem.

O Tocantins, o último caso de raiva humana ocorreu em 2002 e raiva canina em 2007.

- A leptospirose é uma doença infecciosa febril de início abrupto, cujo espectro pode variar desde um processo inaparente até formas graves. Trata-se de zoonose de grande importância social e econômica por apresentar elevada incidência em determinadas áreas, alto custo hospitalar e perdas de dias de trabalho, bem como por sua letalidade, que pode chegar a até 40% dos casos mais graves. Sua ocorrência está relacionada às precárias condições de infra-estrutura sanitária e alta infestação de roedores infectados. As inundações propiciam a disseminação e a persistência do agente causal no ambiente, facilitando a eclosão de surtos.

No Tocantins, foram notificados 02 casos em 2008, 2 casos em 2009 e 3 casos em 2011.

- A hantavirose é uma doença emergente que se manifesta sob diferentes formas, desde doença febril aguda, cuja suspeita diagnóstica é baseada fundamentalmente em informações epidemiológicas, até quadros pulmonares e cardiovasculares mais característicos ou, eventualmente, como uma febre hemorrágica com comprometimento renal. A infecção humana ocorre mais frequentemente pela inalação de aerossóis, formados a partir da urina, fezes e saliva de roedores reservatórios.

No Tocantins, foram notificados no período de 2007 a 2011, 28 casos suspeitos, mas nenhum caso confirmado. (Ascom Sesau)