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Economia

Foto: Júnior Veras

Mais uma sessão temática com o tema Educação para uma Indústria Competitiva abriu os trabalhos na manhã desta quinta-feira,27, do Encontro Nacional da Indústria, que acontece em São Paulo.

Rafael Lucchesi, diretor de Educação e Tecnologia da Confederação Nacional da Indústria - CNI, Eduardo Gouveia Vieira, presidente da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro - FIRJAN, Luciano Siani Pires, diretor global de RH da Vale, e João Bezerra, presidente da Copenor – Grupo Metanor, foram os debatedores.

Na tarde de ontem, durante sessão temática sobre Transformações e Desafios da Indústria Globalizada, o ministro Aloísio Mercadante, da Ciência e Tecnologia, defendeu a criação da Empresa Brasileira de Pesquisa Industrial – Embrapi, nos moldes da Embrapa, juntamente com a CNI.

“Precisamos criar a cultura da inovação e quem faz isso é o setor privado, que sabe que não pode ter uma atitude passiva diante do avanço tecnológico. O posicionamento do ministro foi seguido pelo empresário Pedro Wongtschowski, presidente do Grupo Ultra, que afirmou ser a inovação um imperativo econômico.

A internacionalização das empresas brasileiras foi outro tema destacado pelos debatedores. Para o ministro Mercadante o Brasil é uma economia que desperta interesse em todas as partes do mundo. “Tem espaço na política monetária e o Banco Central está sabendo utilizar isso. O Brasil tem hoje todas as condições de ter uma taxa de juros alinhada internacionalmente”, assegurou.

Já o empresário Josué Gomes da Silva, presidente da Coteminas, e filho do ex-presidente da República José Alencar, destacou que o Brasil tem algo especial no tocante a qualidade de gestão e que sabe administrar bem em qualquer clima de adversidade. “A qualidade da gestão brasileira é excepcional, por isso a indústria brasileira tem uma performance destacada no exterior”, frisou Silva.

Atento aos debates, o presidente da Federação das Indústrias do Tocantins (Fieto), Roberto Magno Martins Pires, disse que a criação da Embrapi, defendida pelo ministro Mercadante, é fundamental. “Podemos nos basear nos resultados extraordinários que a Embrapa tem tido. A nossa agricultura se desenvolveu e hoje exporta commodities para o mundo justamente por causa da Embrapa. A indústria pode perfeitamente replicar isso. Só temos que tomar cuidado com o modelo a ser implantado, mas acho que é uma ideia válida e que vale a pena perseguir”.

Sobre inovação tecnológica, tema bastante discutido no encontro, Pires acredita que o Brasil tem que se preparar para a competitividade. “A indústria brasileira tem que ser competitiva e um dos meios para isso é exatamente a inovação, além de uma educação de qualidade, aumento do crédito e redução da carga tributária. A inovação é a bola da vez e o governo federal percebeu isso através da MEI (Mobilização Empresarial pela Inovação), uma iniciativa da CNI”, disse ele, acrescentando que a inovação é necessária para fazer jus àquilo que o cenário mundial prenuncia.

Em relação à concessão de investimentos de longo prazo, tema destacado no encontro, o presidente da Fieto avalia que a indústria do Tocantins atravessa um bom momento.A indústria nacional e o sistema indústria tem que se preparar para esse novo cenário,segundo ele, e isso se faz, com a antecipação de ações com base em cenários futuros para onde caminha a economia mundial.

Quanto ao futuro da indústria brasileira, Pires acredita que é promissor, principalmente porque os índices financeiros são favoráveis e o País atravessa um bom momento político. “Se olharmos de outro ponto de vista percebemos que o Brasil está bem colocado na economia mundial e a indústria pode e deve se beneficiar disso”, finalizou. (Assessoria de Imprensa Fieto)