Preso desde o último dia 23, Délio Ferreira Filho, acusado de participação na morte do oficial de justiça Vanthieu Ribeiro da Silva, em março deste ano, estaria, de acordo com um familiar, sofrendo maus-tratos na Casa de Prisão Provisória de Palmas. A informação, no entanto, não foi confirmada pela Secretaria Estadual de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), responsável pela administração do presídio.
Délio que estava preso na delegacia de Miracema do Tocantins, comarca onde o caso de fraudes bancárias que culminou na morte do oficial aconteceu, foi transferido para a CPPP na noite do último domingo. A família, segundo este familiar que não quis se identificar, estranhou a mudança que foi justificada pela Secretaria da Segurança Pública como forma de facilitar as investigações e coleta de informações de Délio. “A comarca que a investigação se deu é a de Miracema”, disse.
Segundo relatou o parente do acusado, na CPP de Palmas ele estaria sendo privado de um colchão e de alimentação. O familiar de Délio ainda questionou os métodos de ressocialização promovidos pela justiça tocantinense. “Se ele cometeu um erro, vai ter que pagar, mas sem perder sua dignidade”, frisou.
De acordo com o informado ao Conexão Tocantins pelo familiar do acusado, em Miracema, a família tinha mais condições de fazer as visitas periódicas a Délio. “Na CPP é muito mais difícil. Além disso, ele está para ser transferido para um pavilhão junto com presos perigosos. Ele é só suspeito, como é que vão ressocializar um indivíduo desta forma?”, questionou.
Posicionamentos
Em contato com o Conexão Tocantins, a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos informou que nenhuma das acusações levantadas pelo parente de Délio procedem e que os procedimentos adotados na CPP de Palmas seguem o padrão normal de ressocialização. Já a Secretaria de Segurança Pública informou que o inquérito corre em segredo de justiça e que qualquer informação sobre a transferência do acusado pela morte de Vanthieu não poderia ser repassada à imprensa.