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Educação

Foto: Divulgação

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O Programa Nacional de Inclusão de Jovens do Campo, o Saberes da Terra, retorna as atividades no Tocantins com a abertura de 10 novas turmas este ano. O programa tem como objetivo ofertar escolarização em nível fundamental, na modalidade Educação de Jovens e Adultos (EJA), integrada à qualificação profissional, além de promover a reintegração do jovem agricultor familiar, com idade entre 18 e 29 anos, residente no campo e que não tenha concluído o ensino fundamental. A previsão é que as aulas iniciem ainda este mês.

Com abertura destas novas turmas, serão beneficiados mais de 350 estudantes, com o curso no sistema de alternância (um período na escola e outro na propriedade). O currículo de 2.400 horas-aula aborda cinco temas: sistemas de produção e processo de trabalho agrícola; desenvolvimento sustentável e solidário; economia solidária; cidadania, organização social e política pública; agricultura familiar, etnia, cultura e identidade. Além dos temas que tratam da profissão, os alunos vão estudar linguagens, ciências exatas, formação humana e profissional.

Bolsas bimestrais

Como incentivo, os estudantes recebem, a cada dois meses, uma bolsa auxílio no valor de R0. Ao final do curso eles recebem certificado de conclusão do Ensino Fundamental com qualificação profissional, oportunizando melhores condições de dar continuidade ao trabalho desenvolvido pelos educandos no campo.

A coordenadora do programa no Tocantins, Maria do Socorro Coelho, explica que apesar do programa estar passando por uma reestruturação nacional, no Tocantins as atividades serão desenvolvidas normalmente. “Estão havendo algumas mudanças na estrutura do programa, mas essas 10 turmas serão atendidas integralmente, tanto no ensino quanto na oferta do transporte, da alimentação e das bolsas bimestrais.” Segundo ela, o Saberes da Terra tem um grande significado na vida dos agricultores, por se tratar de uma modalidade de ensino que se aproxima da realidade dos estudantes. “Esta é a oportunidade que talvez eles nunca tenham tido. De estudar e desenvolver as atividades que já fazem parte da realidade deles. Como os projetos de apicultura, horticultura e criação de animais de pequeno porte. Atividades que vão melhorar as ações que já fazem parte do cotidiano de cada família”, diz Maria do Socorro.

Os professores do programa participam de formação continuada em parceria com a Universidade Federal do Tocantins. A formação será oferecida com no mínimo 360 horas-aula em nível de especialização em Educação do Campo, Agricultura Familiar e Envolvimento Social do Tocantins. O valor investido pelo Governo do Estado durante a execução do programa é de aproximadamente R$ 2 milhões. (Ascom Seduc)