Aprovada recentemente na Câmara de Palmas, uma Comissão Parlamentar de Inquérito pretende investigar, entre outros pontos, supostas fraudes nas licenças concedidas pela Prefeitura da capital para a construção do Capim Dourado Shopping. Em entrevista concedida na manhã desta segunda-feira, 12, o empresário e proprietário do shopping, Carlos Amastha, se defendeu das acusações dos vereadores.
As acusações dos vereadores, de acordo com o empresário, não se restringiram ao empreendimento de Palmas. De acordo com as justificativas da CPI, supostamente existiriam irregularidades também em construções de shopping no Paraná e em Santa Catarina. Um dossiê sobre as ilegalidades foi levantado, conforme consta no pedido da Comissão.
Rebatendo duramente estas acusações, o empresário, de antemão, frisou que pretende entrar com pedido, junto ao Ministério Público, para que as fontes deste suposto dossiê sejam investigadas. “Isso é um caso de Polícia Federal. Estou levando isso, na quarta-feira, no Ministério Público para que seja investigado, por que isso não é uma CPI, é um dossiê de todas as canalhices e crimes que eu cometi desde que cheguei ao Brasil”, ironizou.
Além disso, de acordo com o empresário, todos os seus empreendimentos no Brasil foram feitos de maneira lícita, com o cumprimento de todas as contrapartidas. “Aqui diz que eu fraudei licença na construção do shopping Iguatemi, em Florianópolis. Eu nem sou dono do Shopping Iguatemi. Eu sou dono do Floripa Shopping”, defendeu-se, depois de ler esta acusação entre outra em Santa Catarina.
Já em Palmas, conforme consta no levantamento dos vereadores, o empresário teria falsificado licenças ambientais e fraudado documentos para que o alvará da construção fosse concedido pela Prefeitura. “Falar de falha, ou fraude na licença ambiental é uma falácia. Os vereadores estão tratando da questão de maneira deturpada”, disse. Amastha explicou que, para a construção do Capim Dourado, foi preciso que a lei municipal sobre este tipo de construção fosse alterada, o que aconteceu em votação na Câmara de Vereadores. “Depois de duas votações, por unanimidade, a lei foi alterada e sancionada pelo prefeito Raul Filho”, frisou.
Questão política
O empresário, que é pré-candidato à Prefeitura de Palmas, afirmou que a Comissão Parlamentar de Inquérito, pronta para ser formada na Câmara, nada mais é do que afronta pelo seu posicionamento contrário à Expansão do Plano Diretor de Palmas, bastante apreciada pela maioria dos vereadores da capital. “Se a CPI é para valer, por que não vemos também quem são os verdadeiros donos das áreas de expansão do Plano Diretor, por que não vemos questão dos postos de gasolina e das concessões de alvará e de licença para a construção de coisas que achamos um absurdo”, atacou.
Segundo Amastha, ainda no último fim de semana, uma reunião entre diversos partidos foi realizada para firmar um documento multipartidário contrário à expansão do Plano Diretor de Palmas. “Os nomes assinados na CPI são da tropa de choquea favorda expansão”, completou.