O vereador Milton Neris (PR) criticou nesta quarta-feira, 28, o deputado estadual Marcelo Lelis (PV) e seu apoio ao governador Siqueira Campos (PSDB) que, na campanha política, afirmou que “se não roubar, dá para fazer”, referindo-se à situação da saúde.
O parlamentar criticou a postura do deputado que, em entrevistas e no programa partidário, culpou a Prefeitura de Palmas pelo caos na saúde. “O caos que ele pregava não era tão caos assim”, disse, lembrando as críticas de Lelis aos então governadores Marcelo Miranda (PMDB) e Carlos Henrique Gaguim (PMDB) pela situação na rede pública de saúde.
“O povo do Tocantins elegeu o governo que disse que ia resolver o problema (da saúde). E não resolveu. Já passou mais de um ano e o povo continua nos corredores do Hospital Geral de Palmas (HGP)”, afirmou o vereador. “O HGP está como o Big Brother: cada dia elimina um”, comparou.
“Precisamos saber para quem estava reservado o leito da Unidade de Terapia Intensiva (UTI), conforme constatado pelo Ministério Público”. Milton Neris lembrou que o governador está internado num grande hospital, fora do Estado, e não no HGP.
O vereador ainda ressaltou que a Prefeitura nunca deixou faltar atendimento na área de saúde e repassa R$ 3,3 milhões mensalmente ao HGP.
O presidente da Casa, vereador Ivory de Lira (PT), também falou sobre a situação da Saúde e sobre os compromissos de Siqueira na campanha, inclusive de fornecer o resultado de exames em 12 horas. “A Saúde, no atual governo, piorou muito e o cidadão sabe disso”, ressaltou Ivory.
Ivory também ressaltou que os primeiros atendimentos de todos que vem de outros municípios são feitos nas unidades da Prefeitura. “Tenho certeza de que, até o fim do ano, vamos entregar 17 unidades de saúde”, afirmou. Ivory chamou de arcaica a terceirização da saúde. “Tiveram de voltar atrás”, disse, referindo-se ao fato de o Estado ter retomado a administração do HGP. “Algo precisa ser feito, com urgência, para restabelecer o atendimento médico ao povo do Tocantins”. O presidente da Câmara de Palmas ainda lamentou o fato de alguns parlamentares que criticam a Saúde no Município não terem feito nenhuma emenda destinando recursos para o setor. Sobre a dengue, concorda com Campelo. “O maior número de focos é dentro da casa das pessoas”.
O vereador Carlos Braga (PMDB) também se pronunciou a respeito da terceirização, lembrando que a transferência da gestão de 17 dos 19 hospitais públicos para a Pró-Saúde foi criticada desde o início. “Foi uma morte anunciada”, afirmou. “Chega-se à conclusão de que o Estado está perdido”. (Da redação com informações Ascom CMP)