Na tarde desta terça-feira, 9, estava marcada audiência em Brasília para as oitivas do julgamento da ação que pede a cassação do mandato do vereador de Palmas, Aurismar Cavalcante (PSDB). O parlamentar, depois de muita polêmica, deixou os quadros do PP e se filiou no PSDB.
O deputado federal Eduardo Gomes, que é do PSDB, foi indicado como testemunha do vereador Cavalcante, no entanto o parlamentar encaminhou ofício informando que só poderá ser ouvido no mês de agosto. Por ser deputado, Gomes tem a prerrogativa de escolher quando será ouvido.
A ação contra Cavalcante é movida pelo PP municipal que tem como presidente o empresário e pré-candidato a prefeito de Palmas, Carlos Amastha. O PP alega infidelidade partidária por parte de Cavalcante e requer o mandato.
O presidente regional do PP, deputado Lázaro Botelho também era uma das testemunhas que seria ouvida. Segundo informações, nenhum dos advogados do vereador compareceu à sessão. Na ocasião o secretário geral do PP, Robson Ferreira também seria ouvido como testemunha do partido.
O advogado do PP, Aparício Ramos Varanda informou ao Conexão Tocantins no final da tarde de hoje que até o juiz ficou indignado com o novo prazo. “O juiz leu o ofício do deputado e ficou indignado. Como um deputado que fica de segunda a sexta-feira em Brasília não tem uma hora para uma audiência?”, questionou.
Para o partido, a intenção do PSDB é protelar a decisão para que a legenda continue com o mandato na Câmara Municipal de Palmas. “Isso é um desrespeito com a justiça o que o PSDB está fazendo e o Aurismar também”, conta. Segundo o advogado, a defesa de Cavalcante já chegou a pedir adiamento da audiência.
O PP espera porém que um novo prazo seja estabelecido para que Gomes seja ouvido.