Ameaçados de despejo após liminar que pede retirada das famílias do Acampamento Sebastião Bezerra, à margens da TO-050, sentido Palmas a Porto Nacional, líderes do Movimento dos Sem Terra e Atingidos por Barragens farão uma mobilização no dia 17 deste mês em memória à data do Massacre de Eldorado do Karajás. O evento será a partir das 18 horas. Representantes de entidades de direitos humanos e outras instituições participarão do protesto.
O acampamento começou com 600 famílias em abril do ano passado e atualmente, segundo os organizadores, abriga quase mil.
A liminar do juiz Adhemar Chufálo Filho, da comarca de Porto Nacional foi recebida no dia 4 de abril. Os líderes tentam recorrer da decisão na justiça. O prazo para a desocupação é de 15 dias. O Estado do Tocantins através da Procuradoria Geral do Estado reivindica a posse das terras e alega principalmente que as famílias estão causando grave degrdação ambiental no local e inclusive poluindo o córrego Xupé.
Os assentados ocupam as mediações da Fazenda Dom Augusto de propriedade de Alcides Rebeschine e outras áreas que os movimentos alegam não serem tituladas.
O coordenador do MST Antônio Marcos negou que as famílias estejam degradando o local. Ele aponta que o Estado está tentando criminalizar a luta popular e os movimento, “com o objetivo de desviar a atenção da opinião pública da pauta principal, ou seja, a morosidade do Poder Público em realizar reforma agrária em Tocantins”, disse.
Outra alegação do Estado é que as famílias vivem em situação de calamidade em razão das construções de barracos improvisados com plásticos, papelões e outros materiais o que acarreta más condições de saúde, higiene e segurança.Para o Estado, invasão é ilegal e insana e constitui séria agressão ao patrimônio público.
Incra
Conforme adiantou o Conexão Tocantins o Incra está em processo de averiguação para assentar as famílias cadastradas. Segundo informou o órgão ainda neste semestre isso deve acontecer.