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Saúde

Com o objetivo de descobrir a cura para um tipo de doença reumatológica, que já atinge cerca de 50 dos mais de 900 indígenas da etnia Tapirapé, aldeia Urubu Branco, situada no município de Confresa, MT, distante 670 quilômetros de Palmas, o HGPP- Hospital Geral Público de Palmas, participa de ação voluntária que faz parte de uma pesquisa inédita encabeçada pela Unicamp- Universidade Estadual de Campinas.

Recentemente, a equipe de saúde, composta por profissional psicólogo da instituição e internos de medicina da UFT e coordenada pelo médico reumatologista do HGPP- Hospital Geral Público de Palmas, Fernando Sérgio Lira Neto, estiveram na comunidade indígena para dar continuidade à investigação diagnóstica de prováveis enfermidades reumatológicas, e também para promover assistência à saúde indígena através da prescrição médica especializada, bem como garantir a assistência farmacêutica, que foi conseguida após acordo com a prefeitura municipal de Confresa.

A pesquisa é encabeçada pela Unicamp, com o apoio da Sesau – Secretaria de Estado da Saúde, UFT – Universidade Federal do Tocantins e PUC – Pontificia Universidade Católica, além da prefeitura e do distrito de saúde indígena de Confresa, município que tem como referência em atendimento de Saúde, o HGPP pela proximidade, menos distante que a capital do estado de origem do município, e também pelas especialidades e tratamentos de Saúde de alta complexidade, existentes na instituição.

Segundo o médico coordenador da ação, durante a consulta médica, muitos indígenas manifestaram, além das queixas articulares, queixas de redução da acuidade visual. A equipe informou que provavelmente, um médico oftalmologista do HGPP se integrará à ação, para complementar à assistência à saúde indígena da população estudada, também na área oftalmológica. O médico informou ainda, que na ocasião, foi elaborada nova lista de pacientes que necessitam de investigação a diagnóstica a ser realizada no HGPP, incluindo casos de indígenas que não puderam comparecer na última visita à instituição realizada em dezembro de 2011, onde vinte e três indígenas da etnia foram submetidos a diversos exames no HGPP, como coleta de sangue, ecocardiograma e raios-x, entre outros.

Ainda conforme o reumatologista, os aproximadamente 40 indígenas da etnia Tapirapé, e um da etnia Karajá, que estiveram no HGPP em diferentes ocasiões para realização de exames para investigação laboratorial e radiológica, tiveram a necessidade dos exames constatas, devido às queixas relatadas em visitas prévias, em que a população estudada manifestou quadro de dores articulares, associadas à queda do estado geral de saúde e indisposição às atividades habituais.

Para a interna de medicina da UFT, Denise Maria Cabral Martins, integrante da equipe, “o HGPP teve repercussão bastante positiva para o povo Tapirapé, no que diz respeito aos cuidados de saúde, ao acolhimento da equipe multiprofissional e à alimentação disponibilizada pela instituição, quando estes comparecem para a realização dos exames, e esses fatores, em muito contribuíram, para melhor adesão ao tratamento e credibilidade ao serviço de saúde oferecido pelo o Estado do Tocantins”, relata.

Os dados e informações levantadas com as visitas e com os estudos serão publicados, com o apoio da Sesau, pelas universidades envolvidas, sendo elas, a Unicamp, UFT – Universidade Federal do Tocantins e a PUC – Pontifícia Universidade Católica, além da prefeitura e do distrito de saúde indígena de Confresa, assim que os resultados se mostrarem conclusivos. Está prevista nova visita à aldeia Urubu Branco pela equipe que conduz o estudo e promove ações em saúde indígena no município, ainda para este ano. (Ascom Sesau)