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Campo

Um grupo de seis cooperativas do Estado do Paraná está no Tocantins conhecendo as potencialidades agropecuárias que o Estado oferece. Os técnicos da Seagro – Secretaria da Agricultura, da Pecuária e do Desenvolvimento Agrário acompanharam a comitiva apresentando o sistema de produção sustentável do Estado, nas áreas de grãos, pecuária e fruticultura. Na manhã desta terça-feira, 8, o grupo visitou a fazenda Sambaíba, considerada modelo na cultura de grãos e localizada na TO-080.

Na propriedade rural, os paranaenses conheceram o sistema de produção com alta tecnologia chamada “agricultura de precisão”, que utiliza o sistema do plantio sustentável com práticas de manejo adequado, com o uso racional de agrotóxicos e 100% de plantio direto. “Essa prática além de ser altamente produtiva, também aplica-se o uso sustentável nas lavouras”, explicou o engenheiro agrônomo e sócio da propriedade, André Luiz Mercado.

A fazenda cultiva atualmente na safra principal numa área de 6 mil hectares de soja. Na safrinha, são 900 hectares de milho, 550 hectares de feijão caupi e 2,8mil hectares de algodão cultivados, com uma produtividade entre 180 e 200 arrobas por hectare. Além destas culturas, os proprietários da fazenda investem também na produção e comercialização de alevinos como a caranha, tambaqui e piau e estão montando uma algodoeira.

Para o engenheiro agrônomo da Seagro, Marcelo Costa, que acompanhou os empresários, essa ação é de fundamental importância para atrair investidores para o Estado. “A Seagro tem procurado chamar atenção de empresários de outros estados para que possam investir no desenvolvimento do agronegócio, proporcionando a geração de emprego e renda”, destacou.

São João

Na parte da tarde, os cooperados estiveram no projeto de Irrigação São João, localizado as margens da TO-050. No local, eles puderam conhecer as tecnologias aplicadas em irrigação de microaspersão. O projeto está utilizando apenas 10% de sua capacidade produtiva, mas desponta no plantio de fruticultura, principalmente banana, melancia, coco, maracujá e hortaliças. O diretor presidente da cooperativa CAMDUL – Cooperativa Agrícola Mista Duovizinhense, Leocir Sartor, expressou ficou surpreso com o projeto. “É um projeto interessante, por ser voltado para agricultores familiares. Isso possibilita a geração de renda a milhares de agricultores”, disse.

O produtor Israel Andrade é um exemplo de que o projeto está no caminho certo. Na sua área, ele cultiva mamão e açaí no sistema consorciado, além de coco e banana, com uma venda de 200 caixas por dia. “A minha intenção é expandir essa área, pois cheguei aqui, acreditei e estou animado no que hoje estou colhendo”, falou.

Sistema Ocepar

As seis cooperativas vieram ao Tocantins a convite da Seagro e fazem parte da Ocepar – Organização das Cooperativas do Estado do Paraná, que atualmente integra 240 cooperativas em diversos ramos de produção, com foco principal na cultura de soja, milho, trigo, criação de frango, de suíno e de gado de leite.

Segundo o analista técnico e econômico do sistema Ocepar, Gilson Martins, o objetivo dos empresários é conhecer como funciona a escala de produção do agronegócio e as áreas de terras em potencial do Tocantins. “Em função da redução das áreas e preços altos praticados no Paraná, surgiu essa necessidade de pesquisar outros estados, principalmente os que fazem parte do MATOPIBA – Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia”, contou.

Na safra 2010 – 2011, o sistema Ocepar produziu cerca de 18 milhões de toneladas de produtos. A receita bruta de exportação alcançou a cifra R$ 2,2 bilhões.As cooperativas são de diversas regiões Norte, Sul, Oeste e Sudoeste do Estado. (Ascom Seagro)