Durante a reunião das comissões conjuntas da Assembleia Legislativa, o veto do governador Siqueira Campos (PSDB) ao projeto de reajuste da Data-Base dos servidores do judiciário foi aprovado. Apenas os oposicionistas Josi Nunes e Eli Borges, ambos do PMDB se posicionaram contrariamente ao veto governamental.
Vale ressaltar que a matéria ainda precisa ser apreciada pelo plenário em votação fechada. Contudo, o posicionamento da comissão deixa clara qual será a postura do parlamento como um todo. Em entrevista ao Conexão Tocantins após a reunião das comissões, o presidente do Sindicato dos Servidores do Judiciário, José Carlos Pereira, disse que a meta agora é se reunir com o Tribunal de Justiça para que seja elaborado um projeto substitutivo para que o reajuste entre na legalidade contestada pelo governador.
O presidente frisou, no entanto, que não pretende abrir mão do índice de 6,08% pedido pela categoria. Pereira destacou que o percentual é o mínimo de acordo com o INPC para fazer a correção das perdas salariais desde 2011. “Este índice é o mínimo que a lei prevê. Não podemos abrir mão do percentual”, relatou.
Bate-boca
Durante a reunião, o deputado Eli Borges (PMDB) frisou que o veto do governador fere o direito constitucional dos servidores em ter sua data-base reajustada. “Eu fico do lado dos servidores. Esta foi uma demanda do Tribunal de Justiça. Data-Base não se discute”, disse.
Já o governista José Bonifácio (PR), ao responder a Eli Borges, acusou o peemedebista de usar a causa da categoria como palanque eleitoral. “Acho que este discurso de ficar ao lado dos servidores é ‘pinceladinha’ de campanha”,atacou.
A declaração de Bonifácio provocou reação do deputado respondido que retrucou usando a aprovação da matéria, no mês de maio, pela própria Assembleia Legislativa. “Engraçado como uma matéria que era legal a dias atrás, agora se tornou ilegal”, respondeu.