A questão indígena vivenciada na região amazônica é
o principal foco do documentário Paralelo 10, que estréia no Cine Cultura –
Sala Sinhozinho na próxima sexta-feira, 14 na sessão das 19 horas. Às 21 horas,
o filme “Vou rifar meu coração: para alguns, música brega, para
muitos a realidade” fica em exibição até domingo, 16.
O cinema popular de Palmas funciona de quarta a domingo e está localizado no Espaço Cultural José Gomes Sobrinho e o valor da entrada é de R$ 4,00. Mais informações no telefone 2111-2405.
Paralelo 10
Mais de um ano e meio afastado do Acre, o sertanista José Carlos Meirelles retorna, em companhia do antropólogo Terri de Aquino, à região do Paralelo 10 Sul, linha de fronteira com o Peru. O filme viaja com eles durante três semanas, subindo o Rio Envira, enfrentando vários tipos de obstáculo e se aproximando cada vez mais das malocas de índios isolados. Nessa jornada, Meirelles rememora experiências, expõe contradições de seu ofício e discute com índios Madijá e Ashaninka a melhor forma de se relacionar com os índios “brabos”, sem tentar amansá-los nem exterminá-los.
O novo longa-metragem de Silvio Da-Rin é uma incursão em profundidade ao pensamento de um indigenista e à realidade de uma região da Amazônia. José Carlos Meirelles é um dos mais destacados sertanistas brasileiros. Sua atuação na Funai foi decisiva para a implantação da atual política de respeito à escolha dos índios que não querem contatos com não-índios. Ele foi o criador da Frente de Proteção Etnoambiental do Rio Envira, no Acre, próximo à fronteira com o Peru, área do Paralelo 10° Sul.
Em 2010, ao fim de um longo período de afastamento, Meirelles retornou ao alto rio Envira, junto com seu colega de longa data, o antropólogo Txai Terri Aquino. Foram ministrar oficinas e reunir-se com índios aldeados e moradores da região, com vistas a minimizar conflitos e preconceitos com relação aos índios “brabos” que vivem nas redondezas. Paralelo 10 é um river movie que embarca com eles e segue rio acima durante três semanas, colhendo memórias do sertanista e observando a atualidade da questão indígena no Acre. (com informações da assessoria do filme)
Vou rifar o meu coração
Uma viagem ao imaginário romântico, erótico e afetivo brasileiro a partir da obra dos principais nomes da música popular romântica, também conhecida como brega. Os temas destas músicas se relacionam com as histórias amorosas de pessoas comuns, que abrem suas casas e corações para contá-las. Uma viagem ao universo da música romântica brasileira, cujas letras formam verdadeiras crônicas da vida a dois.
Além das pessoas que abrem seus corações e contam suas histórias, o filme tem os depoimentos de Agnaldo Timóteo, Wando, Amado Batista, Lindomar Castilho, Nelson Ned, Walter de Afogados e de Rodrigo Mell, este último representante da nova geração do brega, ou seja, instiga o imaginário afetivo brasileiro a partir da obra dos principais nomes da música romântica, cujas letras formam verdadeiras crônicas dos dramas e alegrias de um casal.
O esforço constante de fugir dos estereótipos construídos pelo senso comum em torno de alguns personagens é outro grande desafio do filme. Além disto, trazer para a tela um Brasil nem sempre revelado, porém muito representativo, é certamente um de seus pontos altos, além da alegria e diversão expressas na música. O universo que o filme aborda tem grande ressonância popular. Seus principais personagens apresentam, ao longo de suas carreira, números expressivos de venda de discos, CDs e DVDs. (Ascom FCP com informações da assessoria do filme)