Por volta das 18h30 um garoto, Otávio Augusto Ribeiro de Matos, de apenas 6 anos foi atropelado na avenida principal da cidade e teve seu cérebro lançado a cerca de 3 metros do corpo. Testemunhas afirmaram que um caminhão que faz coleta de lixo na cidade, foi o causador do acidente. De acordo com essas testemunhas, que não quiseram se identificar, no momento do acidente a criança brincava no local com outros garotos e morreu na hora.
O avô e pai de criação do pequeno Otávio, o lavrador Celso Cardoso de Matos, fez um apelo às autoridades da cidade para que providenciem mais segurança para o município. “Meu filho morreu e fizeram de conta que foi um animal qualquer, ninguém o socorreu. Moro aqui há mais de 20 anos e nunca imaginei que passaria por uma tragédia dessas. Não temos policia nessa cidade, não temos pericia, não temos nada”, desabafou aos prantos.
Testemunhas ainda comentaram que, após atropelar o garoto, o motorista se ausentou do local sem prestar socorro. O local do acidente é escuro, apesar de ser na entrada da cidade, na principal avenida.
A pericia foi acionada e veio da cidade de Paraíso, já que o município de Lagoa da confusão, com aproximadamente 10 mil habitantes não tem posto de pericia, nem delegado de policia ou escrivão policial.
A família ficou indignada ao saber que, para ser liberado, o corpo do pequeno Otavio precisava ser levado para o município de Cristalândia, onde seria registrado o Boletim de Ocorrência (BO), depois passaria por Pium para que a delegada o assinasse e só depois seguiria para o IML de Palmas.
Lagoa da Confusão, como Cristalândia e outros três municípios vizinhos não possuem delegados de polícia e trabalham com efetivos reduzidos, sendo estes atendidos pela delegada de Pium, Raimunda Bezerra de Sousa.
O atendimento da Policia Militar é feito por apenas dois policiais (por plantão) o que, segundo eles, não é suficiente para atender a demanda de um município com a complexidade de Lagoa da Confusão, que chega a ter uma população ‘flutuante’ de aproximadamente 3,5 mil homens em épocas de colheitas.
A pericia tem até 10 dias para emitir o laudo.