O ex-governador do Estado, Marcelo Miranda (PMDB) avaliou durante entrevista ao Conexão Tocantins nesta terça-feira, 9, o papel e desempenho do partido nas eleições de Palmas e nos demais municípios. Na capital, Marcelo ressaltou o fato do partido ter conseguido eleger três vereadores mas questionou o posicionamento da legenda. “A população não entendeu o posicionamento do PMDB, eu vejo por este ângulo”, frisou. O partido, considerado principal opositor ao governo estadual, apoiou e compôs na coligação do deputado estadual Marcelo Lelis (PV) que também era o candidato do governador Siqueira Campos (PSDB) mas Marcelo subiu nos palanques e pediu voto para Luana Ribeiro (PR), terceira colocada no pleito. “Desde o inicio vocês conheceram meu posicionamento, não concordei mas respeitei a decisão do diretório municipal”, ponderou.
O PMDB foi um dos partidos que mais perdeu em representatividade de prefeitos já que elegeu apenas 24 gestores na eleição deste ano. Em 2008 foram 33 prefeitos da legenda. Segundo Marcelo, essa queda no partido mostra que é preciso uma reavaliação. “Temos que rever muita coisa a posição do PMDB. É preciso uma reavaliação”, defendeu. O ex-governador ressaltou porém que mesmo com o encolhimento na representatividade do partido nos municípios houve desenvoltura e empenho por parte dos candidatos do partido.
O PMDB fará eleições para discutir o novo comando da legenda, atualmente presidida por Júnior Coimbra, e Marcelo não descarta entrar na disputa. “Vou ouvir os companheiros e discutir a possibilidade de renovar. Todos temos o direito de tentar”, afirmou acrescentando ainda que o PMDB foi eleito para estar na oposição .
Resposta a Stalin
O ex-governador respondeu o deputado estadual Stalin Bucar (PR) que o chamou nesta terça-feira, 9, de “quebra-galho” se referindo ao apoio do peemedebista no pleito de Miranorte. Segundo Stalin, Marcelo apoiou Stalin Júnior mas também participou de evento político do adversário e concorrente Abrãao Costa (PMDB). “Sempre respeitei o Stalin como cidadão. Não esperava isso dele. Se eu sou quebra-galho veja o que Stalin falava num passado bem próximo e quem estava no palanque dele. Espero que ele me respeite como cidadão, pai, e ex-governador que tem uma história nesse Estado”, respondeu.
Marcelo ponderou ainda que não teve culpa pela derrota do filho do deputado, Stalin Junior não ter conseguido se eleger em Miranorte. “Se ele está com algum problema sinto muito”, retrucou.