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Foto: Divulgação

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Durante pronunciamento feito na manhã desta segunda-feira, 16, na Assembleia Legislativa do Tocantins, a deputada Solange Duailibe (PT), que é também a primeira-dama de Palmas, comentou sobre o pedido de expulsão do prefeito de Palmas, Raul Filho (PT), dos quadros do Partido dos Trabalhadores. Durante sua fala, a deputada ainda respondeu ao seu correligionário, deputado José Roberto Forzani (PT) que, em entrevista ao Conexão Tocantins, chegou a afirmar que o prefeito “atrapalha” o PT.

Segundo a deputada, a justificativa para o pedido de expulsão do prefeito não é aceitável. “Eles justificaram que o pedido foi pelo suposto envolvimento do gestor com o bicheiro Carlinhos Cachoeira. Em outros estados, o PT não tem esta mentalidade tão arcaica, tão mesquinha”, disse.

Além disso, a deputada, ao defender o prefeito, ainda atacou a bancada petista na Assembleia Legislativa e destacou que quem deveria ser expulso do partido seria José Roberto. “O prefeito não foi indiciado, ao contrário do senhor que tem ação por improbidade e pode ficar inelegível por até oito anos”, disse, sobre a acusação contra o deputado, enquanto esteve à frente do Incra, no Tocantins.

Além de José Roberto, Solange ainda mirou sua artilharia para outra parlamentar do PT, a deputada Amália Santana. “Eu acredito que quem deveria ser expulso deste partido são deputados duas caras, que se dizem de oposição, mas que se declinam ao Palácio Araguaia”, atacou.

Ainda em 2010, os deputados do PT apoiaram a candidatura do tucano Raimundo Moreira (PSDB) à presidência da AL, em detrimento da candidatura de Solange, derrotada por um voto na ocasião. “É uma vergonha para o Partido dos Trabalhadores que construiu uma história de luta e de oposição no Brasil, ter no Tocantins, petistas que se alimentam das migalhas que caem da mesa do Palácio Araguaia, esses sim, nos envergonham”, completou.

Deputados se defendem

Depois de ouvir as acusações de Solange, José Roberto manteve seu posicionamento e frisou que o prefeito Raul não contribui positivamente com os quadros estaduais do PT. Além disso, o parlamentar explicou que a Justiça não acatou a ação por improbidade enquanto era superintendente do Incra no Tocantins. “Existia uma médica no Incra que trabalhava lá por 25 anos e nunca fez um atendimento lá por falta de um local para isto. E foi um dos companheiros que sugeriu que fossem feitos os atendimentos no consultório da médica que entrou com a ação. Mas lhe digo, deputada, que na última semana, a Justiça não aceitou a ação”, completou.

Já Amália Santana aproveitou sua fala para pedir maturidade nas ações e declarações de membros do partido à mídia. “Política é feita em grupo. Devemos ter mais maturidade nas nossas declarações por que, cada vez que nos engalfinhamos, o partido é que sai perdendo”, salientou.