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Polí­tica

Números do Tocantins: entre 1996 e 2012, o que se percebe é ainda a grande diferença entre a participação masculina e feminina nas eleições (Clique na imagem para ampliar)

Números do Tocantins: entre 1996 e 2012, o que se percebe é ainda a grande diferença entre a participação masculina e feminina nas eleições (Clique na imagem para ampliar) Foto: Conexão Tocantins

Foto: Conexão Tocantins Números do Tocantins: entre 1996 e 2012, o que se percebe é ainda a grande diferença entre a participação masculina e feminina nas eleições (Clique na imagem para ampliar) Números do Tocantins: entre 1996 e 2012, o que se percebe é ainda a grande diferença entre a participação masculina e feminina nas eleições (Clique na imagem para ampliar)

No Tocantins, assim como no restante do Brasil, a participação feminina no processo eleitoral ainda continua aquém do que poderia ser. Por suposto, não se pode obrigar nenhuma pessoa a participar das eleições em seus municípios ou estados. No entanto, o sistema eleitoral vem mantendo mecanismos para incentivar as mulheres a terem função mais ativa nos rumos eleitorais de dois em dois anos. 

Mesmo com a determinação da Lei 65/90, de reserva de um terço das vagas em partidos, chapas e coligações para candidatos do sexo feminino, o que se acompanha na prática é, ainda, a pouca procura deste público na disputa por cargos nas esferas municipais, estaduais e federal.

No Tocantins, os números apontam uma ligeira melhora no cenário desde as eleições de 1996, conforme números do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). De lá para cá, o aumento de mulheres participantes das eleições sofreu pouca variação. De acordo com o registro do TSE, nas eleições municipais de 1996, apenas 785 mulheres se candidataram a cargos de prefeita e vereadora, contra um total de 3.491 homens. Destas, foram eleitas 11 prefeitas e 180 vereadoras nos 139 municípios tocantinenses. (Confira o gráfico ao lado)

Os números foram aumentando aos poucos, com 12 prefeitas eleitas no ano 2000 e mais 197 vereadoras.  Em comparação com o universo eleitoral masculino, estes números continuaram pouco representativos. Naquele ano, foram eleitos 1.198 homens para os dois cargos disputados. Um número quase igual ao de mulheres candidatas no final do século XX no Tocantins: 1.261. Naquele ano, a única prefeita que a capital Palmas teve em 22 anos de criação, Nilmar Ruiz, então no PFL chegou à Prefeitura da mais jovem capital do País disputando com seis homens o voto popular.

Já na primeira eleição municipal depois da virada do milênio, em 2004, foram eleitas 207 vereadoras e 17 prefeitas, de um total de mais de 1.200 candidatas a disputarem aquele pleito. Em Palmas, naquele ano, a prefeita Nilmar tentava sua reeleição, mas acabou derrotada nas urnas pelo prefeito Raul Filho (PT) que governaria a capital por dois mandatos.

Nas duas eleições seguintes, os números variaram ainda menos. Em 2008, o Tocantins registrou um total de 5.342 candidatos do sexo masculino, contra 1.530 candidatas à Prefeituras e Câmaras Municipais. Foram eleitas naquele ano, o maior número de prefeitas já registrado no Estado, empatando com as eleições de 2012. 22 mulheres foram alçadas às chefias de Executivos Municipais. Enquanto o número de vereadoras subiu de 175 em 2008 para 211 nas eleições deste ano.

Números no Brasil

Quando levamos em consideração os números gerais brasileiros, o panorama não muda em comparação com os números do Tocantins. De acordo com dados do TSE, mesmo tendo praticamente dobrado em 20 anos, o total de mulheres nas Câmaras Municipais ainda não demonstra números representativos. Em 1992, o sexo feminino representava 7,4% dos vereadores eleitos no pleito. Em 2012, este número não chega aos 13,5%.