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Campo

Foto: Divulgação

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A proximidade do período chuvoso é uma época importante para quem trabalha com apicultura, pois é nesta época que representa a maior escassez de alimento para as abelhas. Nessas ocasiões, a família definha, os zangões são expulsos da colmeia, a postura de ovos da rainha fica reduzida e, consequentemente, diminui a produção de mel, pólen e cera. É chamado de período de entressafra e para os produtores tocantinenses a maior preocupação deve ser com a alimentação das abelhas.

De acordo com a médica veterinária da Seagro – Secretaria Estadual da Agricultura, da Pecuária e do Desenvolvimento Agrário, Érika Jardim, alguns procedimentos de manejo devem ser readequados para proteção e manutenção das colônias, reduzindo assim as perdas para o apicultor. “A principal causadora de mortes das abelhas neste período é a desnutrição, que deve ser combatida com uma alimentação de manutenção para evitar que as abelhas enxameiam (abandonem a colmeia), pode ser mel ou xarope de açúcar”, explica.

Segundo Érika, se as abelhas abandonarem o apiário, quando chegar a florada, até o apicultor conseguir crescer e fortalecer a colônia irá perder a melhor época de produção. No período de chuva, Érika diz que serão dois momentos, um para manter e outro onde será necessário reforçar a alimentação, este último deverá ser 60 dias antes da florada, quando os produtores terão que oferecer uma alimentação energética e proteica. “O manejo é para fortalecer a rainha da colmeia, para produzir mais crias, tornando-a mais forte e numerosa para aproveitar o máximo a safra”, completa a médica veterinária.   

Érika Jardim reforça ainda outros cuidados que os apiários devem estar atentos neste período. “O local onde estão instalados devem ter ventilação e iluminação para não ficar extremamente úmido. Um lugar sombrio associado às estações mais frias podem acarretar na incidência de doenças. O apicultor deve observar também a cobertura das caixas para evitar a umidade”, completa.

Produção

O Tocantins em 2011 produziu 260 toneladas de mel, e o maior município produtor de mel é Nova Olinda, região Norte do Estado. Atualmente, existem no Estado cerca de 1.300 apicultores, 52 associações, duas cooperativas, uma Federação de Apicultores do Tocantins. A expectativa é que a produção aumente para mil toneladas até 2014. A Fundação Banco do Brasil está auxiliando no fortalecimento do setor e liberou verba para a construção de quatro entrepostos; em Figueirópolis, Palmas, Colinas e Axixá, que aguardam certificação do SIF – Sistema de Inspeção Federal para a inauguração e funcionamento.