Após a reconstituição do assassinato do delegado federal Edward Neves Duarte neste domingo, 25, o responsável pelo inquérito da investigação, Antônio Glautter Azevedo Morais informou ao Conexão Tocantins que tudo indica que a motivação do crime foi mesmo latrocínio. “Eles vieram de Taquaralto já com a intenção de matar. A vítima foi encontrada a ermo, não tinha local certo. Eles estavam perambulando”, disse durante entrevista ao Conexão Tocantins nesta segunda-feira, 26.
O delegado conta ainda que os autores do crime, Jonathan Almeida da Silva, Fabrício Araújo da Silva e Douglas Costa Sousa, todos maiores de idade, são despreparados e não planejaram a ação, sendo assim estaria descartada a possibilidade do delegado ter sido vítima de execução. Ele era chefe do Núcleo de Inteligência da Polícia Federal do Tocantins e atuou na Operação Maet que investiga desembargadores que foram afastados do Tribunal de Justiça.
O relatório final da investigação será concluído na quarta-feira, 28. “Falta fechar algumas arestas para fechar o relatório. Estou buscando algumas informações que faltam”, disse o delegado que aguarda ainda os laudos de perícia. Segundo ele informou, 33 pessoas foram ouvidas dentre testemunhas e pessoas ligadas ao delegado.
Com a reconstituição a PF suspeita ainda que houve troca de tiros o que pode ter resultado na morte do delegado, que foi atingido por dois. Edward estava chegando em casa na segunda-feira, 19, quando foi alvejado pelos assassinos. Duas armas que foram usadas no crime estão na PF, conforme informou o delegado.
Após concluído o relatório será encaminhado para o juiz da 1ª Vara, Gil de Araújo Corrêa.