Após ouvir o vereador eleito mais votado em Palmas, Rogério Freitas do PMDB, o promotor de Justiça do Patrimônio Público, Adriano Neves afirmou ao Conexão Tocantins nesta segunda-feira, 26, que começará a ouvir os compradores diretos dos imóveis urbanos em Palmas que teriam sido adquiridos de maneira fraudulenta através da Companhia de Desenvolvimento do Tocantins (Codetins).
O promotor quer saber detalhes da venda dos lotes para o vereador eleito inclusive como os imóveis foram pagos. O Ministério Público apura suposto no esquema de venda ilegal de lotes públicos. “Terminado esse procedimento vou decidir se vamos incluir ele como réu”, frisou. A previsão do promotor é concluir a investigação ainda este ano para encaminhar o resultado da investigação para o Ministério Público Eleitoral que pode inclusive entrar com uma ação contra o peemedebista.
A investigação apura possível favorecimento do vereador, proprietário de sete imóveis urbanos na Arso 71, e também de outros compradores que teriam adquirido os imóveis a preços muito abaixo do mercado. Os imóveis não teriam inclusive passado por avaliação nem por autorização da Assembleia Legislativa. Atualmente os lotes estão bloqueados pela justiça e não podem ser revendidos.
Além de Rogério compraram os imóveis: Orival São José e Maria do Carmo Clementino São José, Laerte Arruda dos Santos, Ademar Rodrigues, Simone Maria Lacerda Neres, Renato Tolentino Mendes, Niki-Lauda Dias de Sousa, Denise Cristina Santana Fleury e Lourdes Lúcia Goi.
O vereador eleito apresentou ao Ministério Público Estadual os extratos que comprovam o pagamento dos lotes, nega ter comprado os imóveis abaixo do preço de mercado e garante ainda ter adquirido os imóveis dentro dos procedimentos legais.
Na capital ao todo cerca de 600 imóveis estão bloqueados pela justiça. Os interessados em comprar lotes devem consultar o Cartório de Registro de Imóveis para verificar se há alguma pendência.