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Polí­tica

Foto: Divulgação

A deputada federal professora Dorinha Seabra Rezende (DEM-TO) participou, nesta última quarta-feira, 13, do lançamento do programa do Governo Federal “Mulher, viver sem violência”. A iniciativa prevê a criação de centros integrados de serviços especializados, humanização do atendimento em saúde, cooperação técnica com o sistema de justiça e campanhas educativas de prevenção e enfrentamento à violência de gênero. O Tocantins também deverá ser beneficiado com um centro especializado.

Professora Dorinha disse esperar que esse investimento contribua significativamente na forma de combater a violência contra a mulher no Brasil. “É inadmissível aceitar esse tipo de violência em pleno século XXI. A cada dia milhares de mulheres em todo Brasil são agredidas e mortas, na maioria dos casos, pelos seus companheiros. Ainda há pouca estrutura de delegacias e organizações de proteção das mulheres, e espero que esse investimento anunciado seja realmente concretizado e que traga resultados positivos”, disse.

Recurso

É um investimento de R$ 265 milhões do Governo Federal para combater a violência contra a mulher. A previsão é que sejam investidos R$ 137,8 milhões, em 2013, e R$ 127,2 milhões, em 2014. O total será aplicado da seguinte forma: R$ 115,7 milhões na construção dos prédios e nos custos de equipagem e manutenção, R$ 25 milhões na ampliação da Central de Atendimento à Mulher- Ligue 180, R$ 13,1 milhões na humanização da atenção da saúde pública, R$ 6,9 milhões na humanização da perícia para aperfeiçoamento da coleta de provas de crimes sexuais e R$ 4,3 milhões em serviços de fronteira.

Para combater a exploração e o tráfico de mulheres, o governo ampliará a presença de centros de atenção às mulheres em áreas de fronteira do Brasil com a Bolívia, Guiana Francesa, Guiana Inglesa, Paraguai, Uruguai e Venezuela. O programa prevê ainda a criação da Casa da Mulher Brasileira, que contará com delegacias especializadas de atendimento à mulher (DEAM), juizados e varas, defensoria, promotoria, equipe psicossocial (psicólogas, assistentes sociais, sociólogas e educadoras, para identificar perspectivas de vida da mulher e prestar acompanhamento permanente), e equipe para orientação ao emprego e renda. A estrutura física terá brinquedoteca e espaço de convivência para as mulheres.

Dados

De janeiro a dezembro de 2012, foram computados 732.468 registros; 88.685 relatos de violência – dez a cada hora. Risco de morte chega a 50%, de espancamento a 39% e de estupro a 2%. Dentre as unidades federativas, Distrito Federal continua na liderança, seguido por Pará e Bahia. O Tocantins está na 21ª posição. Os tipos de violência relatados são a física, psicológica, moral, sexual e patrimonial. Geralmente essas violências são feitas pelo companheiro, cônjuge, namorado, ex-marido, ex-namorado.

Homenagem

Em alusão ao Dia Internacional da Mulher, foi entregue o Prêmio "Mulheres Rurais que Produzem o Brasil Sustentável", promovido pela Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM) e parceiros, a grupos e organizações produtivas que tenham se destacado no fortalecimento da sustentabilidade em condições de segurança e soberania alimentar. A Associação Regional das Mulheres Trabalhadoras Rurais do Bico do Papagaio (ASMUBIP) foi homenageada pelo trabalho que faz com o coco do babaçu. 

Presidenta Dilma

A deputada  Dorinha esteve com a presidente Dilma Rousseff (PT) nesta quarta-feira, 13, no Palácio do Planalto. O encontro da presidente foi com a bancada feminina de parlamentares. Na pauta, fortalecimento de políticas públicas para a mulher. Dilma reafirmou o desejo que o País tenha “tolerância zero” com a violência praticada contra a mulher. Um novo encontro foi marcado para a última semana de março para discutir a pauta política do colegiado. (Assessoria de Imprensa)