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Economia

No mês de março, a pesquisa que mede o índice de endividamento e inadimplência do consumidor em Palmas – PEIC mostrou uma leve queda no que se refere à contração de dívidas. Quando comparado ao mês de fevereiro, o índice geral caiu 3%, registrando nesse mês 73,6% dos entrevistados. Desses, apenas 7% estão com contas em atraso. O tempo médio do atraso é de 49 dias. Já a média do tempo do endividamento é oito meses e meio.

Mas um dado importante para o empresário é que apenas 0,2% disseram não estar aptos a pagar as suas dívidas atrasadas. Isso mostra que as famílias contam com capacidade de pagamento. Segundo a Confederação Nacional do Comércio – CNC, outros fatores, como queda nos spreads bancários e o mercado de trabalho ainda aquecido podem contribuir ainda mais para diminuir a inadimplência nos próximos meses. Em fevereiro, 0,7% dos consumidores afirmavam não ter condições de quitar seus débitos em atraso, uma queda de 0.5%.

Para o presidente da Fecomércio Tocantins, Hugo de Carvalho, isso é muito bom para o comércio. “Apesar da queda no endividamento, podendo ser reflexo de queda nas vendas já que é natural hoje em dia as pessoas prefiram fazer compras com um prazo melhor, a queda também do índice de pessoas que não conseguirão quitar suas dívidas atrasadas é muito baixa, e significa que é menor o risco de calote”, explicou.  

A CNC aponta ainda que o recuo no índice geral de endividamento, quando comparado ao mês passado, pode ter sido favorecido por base de comparação elevada, referente aos dois primeiros meses de 2013, quando se concentram pagamentos de reajustes de mensalidades e de taxas, como IPVA e IPTU. Para a CNC, as políticas de estímulo ao crédito e à aquisição de bens duráveis ainda exercem impacto moderado no orçamento das famílias endividadas.

Outros dados mostrados pela pesquisa são que, dos endividados, grande maioria (69,6%) se consideram pouco endividados e que os consumidores ainda reservam boa parte de sua renda para o pagamento de dívidas, 77,5% tem de 11% a 50% de sua renda total comprometidas com débitos dessa natureza. O ranking do tipo de dívidas permanece o mesmo, o cartão de crédito em primeiro lugar (77,2%), seguido de carnês (32,1%) e o financiamento de carro (28,7%). (Ascom Fecomercio)